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Opiniões

28 DE MAIO DE 2019

Buraco sem fim

Por: Da Redação

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“Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento”.

A frase do estadista e ex-presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, expõe o atual momento político que o Brasil atravessa: um festival de declarações políticas, entre perdedores ou não na última eleição presidencial, que não ajuda em nada o País e só aumenta o nosso abismo social e econômico.

As redes sociais, inclusive, mostram-se um termômetro. Perfis de políticos diversos, figuras públicas e a sociedade em geral, disputando espaço e julgando-se uns melhores que os outros, com acusações mútuas de quem melhor administra (ou não o fez) uma nação. Todas elas, porém, com conceito de gestão com puro viés ideológico.

O que é muito preocupante, enquanto perdemos tempo com essa disputa mesquinha que contamina toda sociedade, ninguém parece se preocupar em se aprofundar sobre projetos que recuperem a nossa economia e que estabilize nossa credibilidade lá fora.

Desgaste

Para piorar, nessa semana, o presidente Jair Bolsonaro deu declarações contraditórias sobre os parlamentares, mas fez uma guinada no mesmo dia fazendo um aceno para tentar melhorar a articulação política com o Congresso.

O presidente afirmou que “o grande problema do Brasil é a classe política”. Mais tarde, no Palácio do Planalto, disse que “valoriza, sim, o Parlamento”.

A declaração do presidente desgastou ainda mais a relação com o Congresso em um momento em que o governo precisa da aprovação de propostas como a medida provisória da reforma administrativa e da previdência.

Ralo

Enquanto se discute o sexo dos anjos, vamos sendo sugados pelo buraco da incerteza econômica e seus problemas subsequentes, como saúde precária, baixo nível educacional com mais de 10 milhões de analfabetos, desemprego, ridícula competitividade internacional e por aí vai.

Enquanto não tentarmos, juntos, mudar os fatores determinantes desse fracasso, nosso destino será obscuro. Os políticos, todos, com essa visão tosca ou agindo com seus interesses jogam toda culpa na roubalheira de um, na pilhagem de outro, e assim por diante. E vão se perpetuando no poder.

Mas a culpa nunca é nossa, a sociedade, sempre é dos outros (os políticos). Se não agirmos coletivamente, exigir o que é mais prioritário, ficaremos à mercê dos interesse de poucos. E se continuarmos olhando esse abismo só pelo camarote, uma hora ele vai ruir de vez e sugar todos nós.

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