Criativo ou renovador? | Boqnews

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16 DE DEZEMBRO DE 2014

Criativo ou renovador?

Por: admin

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Muitos estudiosos sobre o tema e mesmo dicionários costumam gerar confusão sobre o significado de criatividade e inovação, considerando-os como sinônimos.

Ser criativo é associar conceitos e ideias conhecidas em novas combinações ou realizações. É criar novas ideias. Ser inovador é transformar a ideia recém chegada em um novo produto, processo ou serviço agregando valor ao negócio. Assim fica evidente que a criatividade sem a inovação não leva a lugar nenhum, é a corda sem a caçamba é a intenção que nunca se transforma numa ação útil. Por outro lado, a inovação depende da força geradora de uma nova ideia assim como o carro precisa do combustível para andar. A matéria prima da inovação é a criatividade.

As principais habilidades para a inovação dar certo são o conhecimento, o empreendedorismo, a disciplina e o foco nos resultados.

É pensamento comum considerar a criatividade como privilégio exclusivo dos artistas. Nada mais errado. A criatividade não está presente somente nos cérebros dos gênios. Todos a possuem em diferentes graus, e ela também pode ser desenvolvida através de um ambiente favorável e determinadas práticas e exercícios.

Parafraseando Henry Ford: “se alguém acredita que é criativo ou que não é criativo, ele estará provavelmente certo”. Portanto, ser criativo ou inovador depende em grande parte da pessoa saber combater valores e sentimentos errados, como por exemplo: resistência à mudança, intolerância à ambiguidade, incapacidade de relaxar, autocrítica excessiva, acreditar em estereótipos e falta ou excesso de informações incorretas ou irrelevantes.

O ser humano precisa correr atrás da criatividade e inovação, corrigindo suas limitações para permitir que elas surjam naturalmente. Um ditado popular afirma: “para aquele cuja única ferramenta conhecida é um martelo, todos os problemas são tratados como pregos”

Infelizmente é comum o indivíduo ter uma ótima ideia, mas deixá-la de lado por falta de persistência para transformá-la em algo valioso, ou ausência de coragem para convencer alguém em fazer isso. Após alguns anos, outra pessoa cria e desenvolve essa mesma ideia e é acusada de te-la roubado. As ideias não são patrimônio de ninguém, pertencem a todos, até serem colocadas em prática pela inovação ou patenteadas. A responsabilidade dos gestores é fundamental em gerar ambientes favoráveis ao pensamento criativo em suas equipes. Eles não podem criticar as novas ideias por mais absurdas que pareçam, devem reconhecer as diferenças individuais dos subordinados, dar autonomia, delegar tarefas, ter tolerância aos novos erros, entre outros.

As principais atitudes que favorecem o exercício da criatividade com excelência são: Ser curioso: curiosidade é a força motriz que impele a pessoa a buscar novas ideias, associando ideias antigas de formas diferentes. O “post it”, por exemplo, resultou da integração entre duas ideias conhecidas: uma cola que não deu certo e o hábito de escrever lembretes em pedaços de papel.

Não ter medo de errar, nem do ridículo: muitas ideias que se transformaram em sucesso, foram violentamente ridicularizadas no início pelos resistentes à mudança, que pré-julgavam o que não conheciam direito. O PC (“personalcomputer”), o cinema falado e a cópia xerox são exemplos clássicos desse fato. Anotar os “insights”: as ideias podem ocorrer nos momentos e locais mais inapropriados. Ótimas ideias se perdem porque seus criadores, por falta de vontade ou disciplina, não as registram esquecendo-se delas definitivamente.

Quebrar a rotina de vez em quando: ajudar o cérebro a pensar de forma diferente, eliminando alguns hábitos e fazendo as coisas de outra maneira. Ser um eterno aprendiz: a matéria prima para as novas ideias são as conexões entre informações, conhecimentos e experiências conscientes e inconscientes que a pessoa carrega consigo.

Ser persistente: não desistir facilmente de lutar por aquilo em que acredita. A determinação e a paciência são cruciais para vencer os obstáculos que normalmente aparecem. Incentivar a troca de ideias: se duas pessoas trocam uma laranja entre si, cada uma delas ficará com uma laranja, mas se elas trocam ideias, cada uma terá duas ideias.

Texto extraído do livro A Arte de Conviver.

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