Os deputados de partidos considerados de esquerda, em especial o PDT e PSB, que votaram, em primeiro turno, a favor da reforma da Previdência usam as redes sociais para justificar a mudança de posição.
Tábata Amaral, do PDT, por exemplo, escreveu artigo na Folha de S. Paulo para mostrar as razões do seu voto.
Rosana Valle, do PSB, gravou um vídeo e postou nas redes sociais para se defender das críticas – algumas, aliás, acima do tom, diga-se de passagem.
Mas, pessoas públicas precisam estar preparadas para este tipo de situação, onde é impossível agradar a todos.
(Nem Jesus Cristo conseguiu…)
Tudo isso porque os parlamentares (8 do PDT e 11 do PSB) contrariaram as decisões dos seus respectivos partidos.
Os parlamentares justificam que votaram de acordo com suas consciências.
Justo e um direito inquestionável.
Só esquecem de dizer aos seus eleitores que, gostando ou não, as regras são claras: para alguém ter um mandato político, há a necessidade de se filiar a alguma agremiação partidária.
Por isso, fica a dúvida.
Afinal, será que tais parlamentares não leram o conteúdo programático antes de se filiar aos partidos que escolheram?
Não sabiam, por exemplo, que ambas as agremiações têm uma linha ideológica mais à esquerda e contra a proposta da Previdência?
Afinal, salvo haja algo ao contrário e comprovado, nenhum parlamentar foi coagido a entrar em um partido.
As escolhas, é claro, se basearam nas chances de sucesso e apoio de todos os tipos.
Simples assim.

Deputados de partidos de esquerda, como PDT e PSB, que votaram a favor da reforma da Previdência sofrerão sanções das agremiações. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Muito mimimi
Portanto, é muito mimimi – usando uma expressão popular – para tentar justificar suas posições, mesmo contrariando as posições partidárias.
Devem lembrar sempre que ao tomar decisões estamos abertos a receber elogios e críticas, algo comum no universo político.
E entender que o conteúdo programático de um partido – gostando ou não – é um documento a ser seguido.
É como o condômino de um edifício, que cisma em fumar no hall de entrada.
Afinal, todos devem cumprir o que fora acordado em assembleia, que proíbe a prática, por exemplo.
Se alguém descumprir, sabe que levará multa ou outra punição.
Faz parte da democracia.
E quem não estiver satisfeito, deve procurar um novo local onde não terá problemas.
Novamente, simples assim.
E sem mimimi…
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