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26 DE FEVEREIRO DE 2010

Oremos!

Por: Fernando De Maria

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Aumento progressivo dos casos de dengue; crescimento no número de vítimas com doença diarréica aguda, provocada por viroses, e o calor excessivo que tem provocado mortes, especialmente de idosos. Esta soma de fatores tem colocado a saúde da região em um estágio próximo ao colapso, como bem destacou na última semana o prefeito João Paulo Tavares Papa.
A verdade é que a onda de problemas – que tem no calor um fator preponderante – tem deixado até as autoridades de saúde atônitas com o crescimento exponencial do volume de pessoas que têm procurado prontos-socorros e hospitais para tentar resolver sua situação. E depois de muita espera, nem sempre o resultado é satisfatório em razão da elevada demanda.
Porém, no tocante à dengue era possível prever que um novo surto ocorreria, após dois anos consecutivos com baixo número de casos (2008/2009). A preocupação é a velocidade no volume de casos confirmados e o registro de ocorrências em todos os municípios.  A sensação é que houve um relaxamento geral em relação ao assunto, onde todos têm sua parcela de culpa: autoridades, população e Imprensa.
Em Guarujá, líder no número de casos, do dia 1º de janeiro até a última terça (22), deram entrada para análise laboratorial 1.704 testes. Oficialmente, 312 já estavam confirmados, porém, conforme as autoridades de saúde, 80% deles resultavam como positivo. Para se ter ideia, em apenas cinco dias (18 a 22 de fevereiro), 470 pacientes novos fizeram exames de sangue para identificar se foram infectados. São Vicente também teve um aumento em 50% no total  de atendimento nos prontos-socorros nos últimos dias, chegando a 520 em um único dia – uma média de um paciente atendido a cada três minutos.
O PS da Zona Noroeste, que recebe uma demanda considerável de moradores de SV, também teve sua média acrescida em 60%. Por ter a melhor estrutura médica, Santos  atrai gente de outras localidades, o que gera fila, desgaste, confusão e tensão.
A maior preocupação é em relação à falta de leitos suficientes para atender os casos mais graves, pois a capacidade hospitalar da região é limitada e aquém do necessário, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Santos e Cubatão são as exceções.
Não é à toa que as autoridades de saúde planejam abrir a maternidade Ana Parteira, em Guarujá, fechada há meses por sérios problemas técnicos, somente para atender esta demanda crescente, oferecendo 50 leitos. Portanto, leitores, pelo panorama atual, a situação é crítica e qualquer ação realizada hoje servirá para amenizar os impactos para evitarmos o pior. Como diria o saudoso jornalista Ewêncio da Quinta, o Zêgo, “oremos!”.


 

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