É incontestável afirmar o grau de crescimento que a Cidade passou neste início do século 21. Se analisarmos o período desta primeira década curto em termos históricos, mas suficiente para provocar mudanças significativas no panorama do Município veremos o grau de alterações ocorridas.
Apenas para focarmos no período inicial deste século, alguns pontos servem para ilustrar os avanços obtidos. Nesta última década, a Cidade manteve-se com um índice demográfico estagnado, na casa dos 420 mil habitantes. Ou seja, Santos oferece um padrão típico de países de primeiro mundo, facilitando a vida dos governantes, que podem planejá-la com uma demanda controlável, ao contrário da maioria dos municípios brasileiros.
Na prática, houve uma queda significativa no número de nascimentos, um aumento na expectativa de vida dos brasileiros e uma atração cada vez mais frequente do desejo de recém-aposentados mudarem suas vidas e procurarem cidades litorâneas (como a nossa) em busca de paz e sossego.
Outros indicadores ajudam a Cidade a estar no ranking nacional como uma das 20 cidades com maior orçamento do País, superando R$ 1,3 bilhão valor maior em relação a alguns estados brasileiros. O incremento orçamentário permitiu a aplicação de investimentos em áreas importantes que contribuem para a tão almejada qualidade de vida oferecida pela Cidade. Além disto, permite ao governante investir no segmento social para atender uma demanda menos favorecida, apesar do elevado padrão de vida ostentado.
No entanto, o desafio que se impõe para a próxima década será saber qual a Cidade que queremos? Será que o incremento irrestrito em alguns casos de forma descontrolada da verticalização imobiliária não trará prejuízos à qualidade de vida da sociedade? Isto será bom ou ruim à Cidade e seus moradores? O que dizem os especialistas? E o Poder Público? Ninguém é contra o progresso, desde que ele não interfira negativamente no próprio destino de uma cidade e de sua população.
Fica claro que os impactos dos grandes conglomerados em construção serão inevitáveis, especialmente em áreas e bairros já saturados, afetando o trânsito, por exemplo. Espera-se que, de forma sensata, o prefeito João Paulo Tavares Papa e os vereadores alterem alguns pontos a respeito da Lei de Ocupação e Uso do Solo, que deverá ser revista em 2010. Sem dúvida, seria um belo presente para a Cidade continuar a ostentar, com orgulho, a tão comentada qualidade de vida.
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