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15 DE ABRIL DE 2015

Que seja eterno

Por: admin

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Casar, recasar, descasar são movimentos possíveis entre as pessoas que num momento se aproximam e no outro se desiludem ou mesmo perdem a admiração mútua, o que considero o item mais importante do apaixonamento.

Mas antes de tudo houve a intenção de construir uma relação, um casal, uma família. Cada vez é mais difícil vermos casais em um processo de construção familiar, fazerem bodas de prata, de papel ou de cristal, que seja…

A durabilidade das relações é hoje novidade e não consequência da história.

Mas, infelizmente, isso não quer dizer que estejam realizados pode ser até que estejam, acomodados numa zona de conforto muito agradável que o casamento dá. E isso é muito bom, mas estatizante.

Apesar de sermos seres vivos e pensantes, muitas vezes nos paralisamos e deixamos de pensar na vida para não entrar em contato com faltas que, se percebidas, podem desestabilizar e assustar por se dar conta de alguns vazios.

Para preenchê-los na ânsia de se realizar pode-se sair em busca de aventuras que nem sempre são satisfatórias, pois vem de encontro a uma busca externa sem antes esgotar os recursos internos de cada um ou mesmo da relação.

Rotina, monotonia, obrigação e responsabilidades vão se avolumando e tomando o espaço do relacionamento enquanto vida movimento e desenvolvimento.

Como qualquer ser vivo, um relacionamento afetivo é dinâmico e requer mudanças.

O grande barato de um relacionamento: a surpresa do dia seguinte, a alegria do reencontro depois da despedida, ao contrário do senso comum de que quanto mais tranquilo e estável melhor. Essa é a parte lúdica que dá colorido e motivação à vida a dois.

As cores existem para não vivermos no branco e preto. Ou pior, no cinzento!!!

Qual o casal que se beija pelo carinho, pelo desejo ou que seja pelo gostinho de se sentir acasalado, de receber e ser recebido?

Parece-me que cada dia está mais raro e difícil explicitar o afeto apesar de vermos amassos no dia a dia na rua, no shopping ou em qualquer outro lugar. Mas aqui me refiro ao abraço, beijo; olhar afetivo, admirador, acolhedor que contém e alimente o desejo.

Beijar é muito bom e as comadres ou terapeutas de sala de espera gostam de dizer que quando o casal deixa de se beijar é por que não se gosta mais!

Discordo! Acho sim que deixam de se gostar porque se afastam e não se beijam mais, em nome de uma instituição ou de papéis congelados.

Portanto, que seja eterna a vontade de beijar.

Família e casal não são instituições que se fecham em si, são células afetivas, e o afeto deve ser explícito para alimentá-las!

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