A desistência do ex-governador João Doria na disputa presidencial literalmente ‘bagunçou’ os diretórios da legenda pelo País.
Dessa forma, em especial, em São Paulo, onde o partido está no poder desde 1995, desde a eleição de Mário Covas.
Afinal, sem os holofotes da disputa presidencial, o PSDB aposta as fichas na reeleição de governadores e manter – e, se possível, ampliar – as bancadas de deputados.
Por sua vez, na Baixada Santista, o partido deve lançar quatro nomes, sendo três de ex-prefeitos.
Dessa forma, na próxima semana, o partido definirá se embarcará na candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) ou lançará um novo nome.
Enfim, se isso ocorrer, será a primeira vez que a legenda não terá candidatos desde sua fundação, em 1988.
Portanto, o coordenador regional do partido, Jair Lopes, acredita que com a desistência do ex-governador paulista o PSDB indicará o vice na chapa de Simone.
Assim, o nome do ex-governador do Ceará e senador Tasso Jereissati aparece como cotado.
Tasso Jereissati
No entanto, Jereissati nega interesse em concorrer ao cargo e sugere o nome do ex-governador gaúcho Eduardo Leite como opção.
Porém, em entrevista à Folha de S. Paulo, ele não descartou esta possibilidade.
“Depois de uma certa idade a gente não renuncia a mais nada, não pode dizer ‘dessa água não beberei’, mas não é um projeto meu”, salientou.
De qualquer forma, sendo Jereissati ou Leite, o vereador Cacá Teixeira (PSDB) acha difícil o sucesso da chapa pelo simples fato de não existirem nomes do Sudeste, onde se concentra o maior colégio eleitoral do País.
“Isso é importante”, enfatiza.

Um dos fundadores do PSDB em Santos, o vereador Carlos Teixeira analisou os impactos da desistência da candidatura do ex-governador João Doria durante o Jornal Enfoque. Foto Carla Nascimento
Dessa forma, tanto Teixeira como Lopes participaram do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias de hoje (25), onde discorreram sobre os impactos da decisão do ex-governador paulista João Doria.
Candidatos
Por sua vez, ambos lamentaram a possibilidade do PSDB não lançar candidatura própria à presidência da República, mas reconheceram que o partido lançará chapa com nomes fortes tanto à Câmara Federal quando à Assembleia Legislativa.
Além disso, eles apostam no sucesso da candidatura do governador Rodrigo Garcia na disputa eleitoral, a despeito de ele estar em quarto lugar nas pesquisas eleitorais, atrás de Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Rodrigo Garcia irá para o segundo turno com Fernando Haddad”, apostam.

Coordenador regional do PSDB, Jair Lopes, disse que o partido lançará 4 nomes tanto para a Assembleia Legislativa como o Câmara Federal na Baixada Santista. Foto: Jornal Enfoque/Manhã de Notícias-Reprodução
Pré-candidatos
Assim, o PSDB aposta em nomes como do senador José Serra, os deputados Samuel Moreira, Wanderley Macris e Carlos Sampaio, todos pré-candidatos.
E ainda: o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez e o ex-prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, como impulsionadores de votos da legenda para garantir uma boa bancada paulista.
Por sua vez, dos 23 parlamentares do PSDB, 8 são de São Paulo atualmente.
Além de Barbosa, o PSDB também lançará a federal a servidora municipal Luci de Oliveira Cardia, de Bertioga.
Por sua vez, para a Assembleia Legislativa, a legenda lançará dois nomes: os ex-prefeitos de Santos, João Paulo Tavares Papa, e de Itanháem, Marco Aurélio Gomes.
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