Passados três dias da nova polêmica entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, desta vez no GP da Hungria de F-1, a Mercedes acredita que seu “espírito de equipe” não foi abalado pelo novo capítulo entre o imbróglio entre seus pilotos.
No último domingo (27), o inglês ignorou as ordens do time para que cedesse passagem para o companheiro e chegou à sua frente em Budapeste. Foi o terceiro colocado, enquanto Rosberg, que lidera o Mundial, chegou no quarto posto -Daniel Ricciardo, da Red Bull, venceu a corrida com Fernando Alonso em segundo.
“Esta é uma disputa intensa pelo campeonato e teremos momentos de tensão pelos quais teremos de passar. Mas também é nestas horas que temos de mostrar quem somos e o que aconteceu na Hungria não vai nos abalar, pelo contrário”, afirmou Toto Wolff, chefe do time, em entrevista ao site oficial da equipe.
“Olhe para o último fim de semana. Um de nossos carros pegou fogo e chegou destruído após a classificação [o de Hamilton]. Dez horas depois tínhamos um carro pronto para a corrida porque os mecânicos dos dois pilotos trabalharam para que isso fosse possível. De tempos em tempos temos de parar e rever tudo que conseguimos neste ano. Foram nove vitórias em 11 corridas, dez poles, são marcas incríveis”, afirmou o dirigente, que no domingo (27), após a polêmica entre seus pilotos, disse que a Mercedes não ia mais fazer jogo de equipe.
Graças ao excelente desempenho até aqui no Mundial de F-1, o time inglês lidera com tranquilidade o campeonato de construtores. Soma 393 pontos contra 219 da Red Bull, a rival mais próxima.
No de pilotos, a situação da dupla da Mercedes também é bastante confortável. Rosberg lidera com 202 pontos, contra 191 de Hamilton. Ricciardo, o terceiro colocado, acumula 131 pontos.
Apesar dos bons resultados até aqui, Wolff afirmou que o time não irá relaxar depois das férias de verão da categoria, que começam agora e vão até o fim de agosto, quando será disputado o GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps.
“Nossa meta é ter uma performance ainda melhor depois da pausa de verão porque este campeonato está longe de ter terminado. Claro que ao olhar o que fizemos até agora temos de ter orgulho e nossos funcionários devem sair de férias se sentindo melhor do que estavam quando o campeonato começou, em março”, completou o dirigente austríaco.