Quando a máscara passou a ser um item obrigatório para todas as atividades do dia-a-dia, as pessoas que praticam atividades físicas com regularidade passaram a sentir as diferenças de se exercitar com o equipamento de proteção.
Com o passar do tempo, começaram a surgir boatos na internet, como o que diz que a máscara diminui o desempenho esportivo e até um que alega que a saúde pode ser prejudicada por conta da retenção de gás carbônico.
Entretanto, essas informações são falsas.
Um vídeo que circulou pelas redes sociais dizendo que o uso das máscaras durante o exercício provocaria falta de oxigênio no corpo foi compartilhado milhares de vezes.
Para combater a desinformação, a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) divulgou um informe afirmando que não há nenhuma consistência na hipótese de que o equipamento ocasionaria uma retenção de CO2 em nível perigoso.
O órgão afirmou que, embora a máscara seja realmente uma pequena barreira, ela ainda possibilita a troca de gases respiratórios e inspiratórios e, por isso, quando ocorre alguma eventual retenção, ela é pequena e insignificante, não trazendo nenhum risco para a saúde.
O mito de que a máscara prejudica o desempenho esportivo também foi por água abaixo.
Pelo contrário: em longo prazo, o equipamento pode ajudar a aumentar a resistência.
Um estudo da mesma SBMEE mostrou que o uso da máscara pode melhorar a capacidade pulmonar, já que a prática de atividades usando o equipamento simula os efeitos do ar rarefeito, como na altitude – o que aumenta a força da musculatura dos pulmões.
Outro mito é de que existem máscaras específicas para exercícios físicos.
Até R$ 200
O portal GUIADEBEMESTAR apurou que existem marcas esportivas cobrando até R$ 200 em uma única máscara, afirmando que são equipamentos para treinamento.
Mas, é sempre importante lembrar: você não deve prezar pelo conforto ou pela beleza, e sim pelo nível de proteção que ela oferece.
Em geral, o modelo indicado para a proteção mais eficaz é o PFF2.
Entretanto, para a prática esportiva, é possível flexibilizar esta recomendação e utilizar máscaras um pouco mais confortáveis, mas sempre contendo três camadas de tecido. Além disso, elas nunca devem possuir a válvula respiradora, pois a peça facilita a entrada de partículas.
Por conta da dificuldade de usar a PFF2 na prática das atividades, devemos tomar outros cuidados para a proteção contra a covid-19.
Preferencialmente, o exercício deve ser feito em um local aberto e sem muitas pessoas.
Também é importante lembrar de sempre levar mais de uma máscara para as atividades, pois o suor pode umedecer o equipamento e fazer com que ele perca parte da eficácia.
Por fim, lembre-se de sempre seguir todas as recomendações médicas para o uso correto, em qualquer lugar que você esteja.