Polícia encontra fábrica clandestina com bebidas contaminadas com metanol | Boqnews
Fábrica clandestina funcionava em São Bernardo do Campo. Policiais encontraram garrafas com mais de 40% de metanol. Foto: Divulgação Polícia Civil

Nacional

10 DE OUTUBRO DE 2025

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Polícia encontra fábrica clandestina com bebidas contaminadas com metanol

Pelo menos a metade das garrafas encontradas tinha entre 14 a 45% de metanol. Quadrilha usava etanol de posto de combustível, cujo produto estava misturado com metanol.

Por: Da Redação

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A Polícia Civil paulista descobriu uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo, na Grande ABC, que estaria falsificando bebidas alcoólicas com uso do metanol.

Peritos detectaram a presença do produto em várias garrafas.

Das 300 garrafas encontradas, praticamente a metade continha percentuais de metanol que variavam de 14,6% a 45,1% do uso do produto letal.

Houve caso de recipientes com 100% de metanol, sem álcool etílico.

Ao todo, oito suspeitos foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos.

Portanto, até o momento, são 23 casos de intoxicação, com cinco mortes apenas no Estado de São Paulo.

Ainda não se sabe se a situação em São Paulo tem relação com outros casos espalhados pelo Brasil.

A maior parte dos produtos falsificados estava em garrafas de vodca.

Portanto, garrafas, bebidas, aparelhos celulares e outros itens foram apreendidos na ação e encaminhados à perícia.

Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança, Guilherme Derrite, afirmou que com a apreensão dos suspeitos, as ações miram agora os postos de combustíveis.

Origem em posto

“Hoje, foi a maior resposta que tivemos até aqui, do trabalho de investigação da Polícia Civil que descobriu essa fábrica clandestina de adulteração de bebidas, inclusive a relação dela com essa outra distribuidora”, afirmou.

“O próximo passo são os postos de combustíveis, ou o posto onde foi adquirido esse etanol contaminado”, reiterou.

Aliás, a questão é que a quadrilha buscava o etanol em um posto de combustíveis (detalhes não foram informados).

Porém, neste posto, o etanol estava misturado com metanol.

Assim, o produto teria sido usado, de forma indireta, para a adulteração das bebidas.

Por sua vez, o próprio secretário reconhece que os integrantes da fábrica clandestina informaram que desconheciam que estavam usando o metanol ao misturar o etanol com as bebidas falsas.

“Essa concentração 36%, passando 40% de metanol nas análises, é um número muito grande. Nossa suspeita é que esses casos que geraram lesões gravíssimas e mortes, que eles tenham adquirido metanol do mesmo posto de combustível”, relata.

“Se isso for confirmado, nos leva a ter um caminho. Infelizmente, a adulteração acontece há décadas, mas nessa concentração é muito alta”, alerta.

Vasilhames usados pela quadrilha para falsificar bebidas. As vodkas eram as preferidas para falsificação. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Como surgiu

Em depoimento, o dono de um bar em São Bernardo confessou a  compra das garrafas de uma distribuidora não autorizada.

Assim, os agentes chegaram até o local após investigarem a morte da primeira vítima por intoxicação.

Dessa forma, o homem passou mal em 12 de setembro e morreu quatro dias depois.

De acordo com a polícia, a fábrica clandesetina utilizava etanol de posto de combustíveis na fabricação irregular das bebidas.

Assim, o etanol, por sua vez, estaria misturado a metanol, substância altamente tóxica e proibida para consumo humano.

Dessa forma, a Polícia Civil segue com as investigações para apurar o envolvimento dos suspeitos e a origem dos produtos apreendidos.

Confira a coletiva

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