O PSDB adotou uma prática que pode ser perigosa.
Ou seja, a traição – ocorrida por políticos tucanos que viraram as costas aos candidatos majoritários da legenda, em especial, Geraldo Alckmin à Presidência, e João Doria ao governo paulista – está oficialmente liberada.
Afinal, em reunião encerrada há pouco no Diretório Nacional da legenda, em Brasília, todos os processos contra membros do partido foram arquivados.
Na lista, constavam nomes como os ex-governadores de Minas Gerais, Eduardo Azeredo e Aécio Neves.
O primeiro preso por corrupção e o segundo com uma série de acusações em escândalos denunciados na Operação Lava-Jato/Grupo JBS.
Além deles, o ex-governador Alberto Goldman, que fez acusações públicas contra o então candidato do PSDB, João Doria, na lista por infidelidade partidária.
Mesma situação do prefeito de Santos, no litoral paulista, Paulo Alexandre Barbosa, que apoiou publicamente Marcio França, do PSB, ao Governo do Estado, cujo processo também foi arquivado.
O Boqnews apurou que a decisão do Diretório Nacional não provocou surpresas em integrantes do PSDB local e estadual.
Convenção nacional
Vale lembrar que a presidência do partido está nas mãos do ex-governador paulista, Geraldo Alckmin.
E a presidência do Conselho de Ética Nacional está com o deputado paulista, Samuel Moreira, cuja base eleitoral é o Vale do Ribeira.
Assim, a convenção nacional do PSDB, que vai definir uma nova Executiva para o partido, será realizada no dia 31 de maio.