O credenciamento de Santos no Sistema Paulista de Parques Tecnológicos é mais um passo importante para a criação de uma cultura tecnológica em Santos e região. Com a medida, a Cidade se habilita a entrar em uma seara fomentadora de negócios e empregos. Cidades como Recife, com seu Porto Digital, conseguiram dar um salto nesta área e se transformaram em referência no País.
A primeira parte do convênio prevê a liberação de R$ 749 mil para a compra de equipamentos e estruturação do Laboratório de Logística, Mobilidade Urbana e Implicações Ambientais, área de suma importância para a região. No entanto, deve-se antes atrair profissionais qualificados e dar-lhes as condições necessárias para a realização dos estudos no setor. E o tempo é curto, em razão da expansão que a região vem registrando, provocando aumento progressivo no volume de deslocamentos dos mais variados.
Afinal, temos o maior porto da América Latina e dispomos de uma das maiores frotas proporcionais de veículos por habitante. Sem contar, o fluxo proveniente das demais cidades, que formam uma ampla conurbação regional.
Por ser o município polo da Baixada Santista, Santos recebe – além do fluxo interno – os provenientes dos municípios vizinhos e dos caminhões vindos do planalto que se deslocam ao porto.
Com isso, a mobilidade urbana é um tema vital a ser analisado. A questão é o tempo e os recursos para iniciar este processo até o cidadão ser beneficiado. E de forma global, envolvendo as nove cidades da região. Afinal, quantos deslocamentos diários são realizados entre os munícipes da Baixada Santista. Em alguns casos, pessoas se movimentam diariamente por três a até quatro cidades no mesmo dia.
Assim como o resto do País, nossa mobilidade está centrada no setor rodoviário. As locomoções – de forma geral – são realizadas em carros particulares, motos, ônibus ou vans. Somente mais recentemente, com as construções de ciclovias, que as bicicletas passaram a ganhar destaque no cenário como meio de transporte. Com um transporte público questionável e caro, a saída para muitos é o meio particular, contribuindo para aumentar os transtornos de mobilidade.
Porém, idéias como o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos são aguardadas há anos e ainda vivemos na expectativa que saiam do papel, e mesmo assim de forma bem atrasada, pois Praia Grande – o município que mais cresce na Baixada – ainda não será contemplado. Não bastasse, temos potencialidade hidroviária, mas pouco é aproveitado. Afinal, por que não implantar atracadouros nas cidades da região, que seriam integrados às ciclovias e terminais de ônibus, especialmente nas áreas mais periféricas? Sugestões que podem ser aperfeiçoadas e colocadas em prática. Sobre o risco de um colapso na mobilidade regional.
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