O suspense acabou.
Afinal, o reprocessamento dos 203 votos do candidato a vereador Vinicius Fialho do Nascimento, o Fialho, não alterou o quadro eleitoral.
O pedido de recontagem foi feito pelo diretório do Podemos de Santos.
A ação foi realizada de forma virtual e coordenada pelo juiz eleitoral Joel Birello Mandelli.
O Boqnews já havia alertado que em razão do volume de votos não ser tão significativo dificilmente alteraria o cenário.
De qualquer forma, provocou tensão e expectativa entre aqueles que estão no mandato e os que sonham com uma vaga.
Entenda os números
No ano passado, o quociente eleitoral – divisão do total de votos válidos pelo número de cadeiras (21, em Santos) – foi de 9.495 votos.
A questão central eram as sobras, que levam em consideração os quocientes partidários.
E aí que mora o perigo, pois os cálculos feitos para a obtenção de uma cadeira restante leva em consideração até a possibilidade de um partido não obter uma cadeira, mas que tenha votos suficientes nesta sobra.
Foi o caso do PSOL, que obteve 8.162 votos, e pela primeira vez elegeu uma vereadora, no caso a advogada Débora Camilo.
Para se ter ideia da complexidade, dos 21 vereadores, apenas 10 entraram pelo quociente partidário.
Os demais foram eleitos pela média (veja quadro).
Partidos Eleitos quoc. partidário Eleitos pela média
PP (23.608 votos) 2 1
PSDB (21.468 votos) 2 1
PSB (17.588 votos) 1 1
Podemos (16.815 votos) 1 1
Republicanos (16.086 v.) 1 1
PL (16.075 votos) 1 1
DEM (14.241 votos) 1 1
PT (14.062 votos) 1 1
PSL (13.957 votos) 1 1
PSOL (8.162 votos) 0 1
Fonte: TSE
Quociente eleitoral
Com a soma dos 203 votos, o quociente eleitoral passou para 9.504, o que poderia, em tese, provocar alguma mudança nesta composição em relação aos outros indicadores.
De qualquer forma, se isso ocorreresse, o primeiro partido que poderia ser beneficiado seria o PSB, que obteve 17.588 votos – e elegeu dois vereadores (Benedito Furtado e Marcos Libório)
Mesma quantidade de edis eleitos pelo Podemos, que obteve em outubro 16.815 votos.
Com os 203 a serem acrescidos, o partido passou a 17.018 – mas a média permanece inferior (1,75) ao do PSB (1,85) no total de votos.
Ou seja, se houvesse alguma mudança na configuração da Câmara, o principal beneficiado será o PSB, em tese.