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Opiniões

30 DE JANEIRO DE 2014

Ocupação silenciosa

Por: Fernando De Maria

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De forma silenciosa, começa a germinar o embrião de um pólo científico com novas perspectivas do conhecimento e da geração de empregos qualificados no então prédio da escola Cesário Bastos, imóvel que passa por um processo de transformação. O colégio, criado em 1900, mudou-se para o prédio atual em 24 de abril de 1916, no endereço da Praça Narciso de Andrade, na Vila Mathias, tombado pelo Condepasa em 1992.
Coincidência ou não, exatamente após um século, o imóvel deverá estar recuperado e ganhar um vizinho de destaque: o novo prédio da USP – Universidade de São Paulo, a primeira edificação própria do futuro campus de Santos da instituição, que aposta em sua expansão. No ano passado, a prefeitura cedeu áreas naquela região da Vila Mathias, totalizando 8.382 m2, o equivalente a um campo de futebol oficial. Será ali que a USP edificará sua história na Cidade, ainda que tardia.
Hoje, o local – que durante anos ocupou a Delegacia Estadual de Ensino – abriga 80 alunos do curso de Engenharia do Petróleo, mas a tendência é que até 2016 pelo menos 250 universitários estudem na unidade santista apenas neste curso. 
E até lá, com a entrega do novo prédio, que  integrará o complexo universitário junto com o reformado Cesário Bastos (o projeto arquitetônico da nova edificação foi concluído e em breve será lançada a licitação, cujas obras deverão começar no segundo semestre em um investimento total de R$ 68,6 milhões), a previsão é que o vestibular da USP seja acrescido de novos cursos de graduação para o campus santista, como Engenharia Mecânica, Naval, Oceanografia (que já mantém base no armazém 8 do cais), Geologia, Administração com ênfase na Gestão Pública e Química com ênfase ambiental. 
Conforme o professor Marcio Yamamoto, do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Poli, um dos responsáveis pela atuação do campus da USP em Santos, o novo prédio também abrigará alunos de pós-graduação. “A aproximação com a Petrobras vai facilitar os investimentos em pesquisas”. Não é à toa que o novo prédio terá entre nove e dez laboratórios justamente para atender a demanda científica decorrente da cadeia de petróleo e gás.
A intenção é  fazer algo semelhante aqui ao que já ocorre no Rio de Janeiro, por meio do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento, localizado na Ilha do Fundão, que mantém a parceria com a UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Além disso, o Parque Tecnológico de Santos será importante para atrair empresas, investimentos e pesquisadores para a realização e prospecção de pesquisas neste e em outros segmentos. Maior capacitação, mais investimentos.
Não por acaso, parcela dos 25 professores do curso de Engenharia do Petróleo já começa a se mudar para Santos, segundo Yamamoto, ele mesmo à procura de imóveis aqui. “Pretendo ir de bicicleta à universidade”. A localização da USP ajuda, pois o local conta com duas rotas cicloviárias. Mais um atrativo em uma cidade que reúne totais condições de se tornar, no futuro, em um dos mais importantes polos de pesquisas no segmento de petróleo e gás, entre outros.

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