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01 DE NOVEMBRO DE 2012

Rachaduras no palácio

Por: Fernando De Maria

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Fim da apuração do segundo turno eleitoral, começam as especulações sobre as eleições de 2014. Parece distante, mas nos bastidores políticos tal situação é bem próxima. PT e PSB foram as agremiações que mais ganharam força neste ano. 
E a capital paulistana, joia da coroa entre os principais municípios brasileiros, que fora administrada pelo PSDB e depois pelo vice de José Serra, Gilberto Kassab, seu fiel escudeiro, será governada pela terceira vez pelo PT. A diferença é que agora o prefeito eleito, Fernando Haddad, está em sintonia com o Governo Federal. Nas gestões de Luiz Erundina e Marta Suplicy isso não ocorria.
Para se ter ideia do tamanho  do estrago que a eleição de domingo passado  provocou aos tucanos, o G85 – grupo de 26 capitais e 59 cidades com mais de 200 mil eleitores, incluindo Santos, São Vicente e Guarujá, é uma boa referência para análise política em função de reunir o maior número de eleitores, com os maiores PIBs, e de ser responsável pela dinâmica eleitoral que se imprime nos territórios regionais e nacional. 
Com base neste grupo de cidades, o PT conquistou a maioria delas, incrementando o total de eleitores. O PMDB praticamente manteve o total de prefeituras, mas caiu em relação ao volume de eleitores. O PSDB não se faz presente em qualquer capital do eixo Sul-Sudeste. 
Diante deste cenário, fica claro que o Governo do Estado paulista será o principal prêmio a ser conquistado pelo PT em 2014. Reduto tucano histórico, será a cereja do bolo a ser conquistada. Afinal, até lá serão duas décadas de PSDB . 
O Governo Alckmin dá sinais de fragilidade. Promessas que demoram a ser concretizadas e nem sempre ocorrem. Além disso, a segurança pública ganha cada vez mais espaço no noticiário. E as respostas das autoridades destoam da realidade nas ruas.
Não bastasse, há a possibilidade do fator novidade voltar a ocorrer. O nome do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ganha força nos bastidores. Uma cara nova vindo de uma área importante, assim como ocorrera com o prefeito eleito paulistano.
Exemplos não faltam, inclusive na região, com a eleição de Paulo Alexandre Barbosa – um neófito em eleições municipais , e, em especial, com São Vicente, com Luis Cláudio Bili, que representou a antítese da administração França (PSB).
Não se pode descartar a presença de outros partidos políticos na disputa eleitoral em 2014, mas tudo leva a crer  que se repetirá uma polarização entre o PT e o PSDB. PMDB e PSB, por exemplo, poderão indicar os respectivos vices nesta disputa, que será uma das mais acirradas, pois o desgaste dos tucanos  dá sinais claros que o palácio (dos Bandeirantes) começa a apresentar graves rachaduras.

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