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Opiniões

29 DE JULHO DE 2011

Sem preconceitos

Por: Fernando De Maria

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Apesar de todo alarde na mídia, inclusive com alterações no roteiro de novelas globais para evitar  apologia à causa, o tema homossexualidade ainda está distante de ser compreendido pela sociedade brasileira.
Pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada na última semana pelo O Estado de S. Paulo com 2 mil brasileiros de todas as regiões do País revela que 55% deles se posicionaram contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Os homens são contrários à ideia (63%). Já 52% das mulheres são favoráveis.


As barreiras sobre o assunto são maiores entre as faixas etárias mais elevadas. Entre os jovens (16 a 24 anos), 60% são favoráveis, índice que cai para 27% entre os que têm mais de 50 anos. Além disso, quanto maior a escolaridade, menor o preconceito, passando de 32% para os que têm até o 4º ano de estudos até atingir 60% entre os que têm nível superior.


Os evangélicos são os mais críticos em relação ao tema, com 77% deles afirmando serem contrários à união entre cônjuges do mesmo sexo. Há empate entre os católicos. A posição contrária também atinge todas as classes sociais, sendo que as mais baixas (D e E) têm maior resistência ao tema.


Portanto, apesar das mudanças comportamentais da sociedade brasileira ao longo dos anos ainda existem resquícios do preconceito quando o assunto é sexualidade, ainda mais envolvendo o tema homossexualidade.


No último Censo, o IBGE  indagou sobre número de pessoas residentes em domicílios particulares que dividem o mesmo teto. Do levantamento, concluiu-se que no Brasil existem 60.002 casais (0,16% do total) homossexuais dividindo o mesmo lar. Em relação à região Sudeste, a Baixada representa 2,82% do total. O índice pode até ser maior, pois muitos certamente não admitiram a condição.


Com base neste universo, a Baixada Santista tem 1,5% do total de casais homossexuais   no País, com uma média regional de 0,282% (908 casais de um total de 322.929), quase o dobro da nacional. Proporcionalmente, Praia Grande é a cidade com mais casais homossexuais  (0,396%, ou seja, 208 em um universo de 52.500 casais).


Doze cidades paulistas superaram o índice de 200 casais do mesmo sexo residindo no mesmo lar. Além de Praia Grande, São Vicente também faz parte desta lista. Em Santos, o índice chega a 0,227%, ou seja, são 186 casais para um universo de 81.821.


Reconheço que o assunto é polêmico e  tais números são subestimados em razão do preconceito existente, mas os homossexuais merecem melhor atenção por parte do empresariado local, em razão da potencialidade de consumo, ao oferecer serviços que atendam as necessidades desta parcela social. Ousadia e ausência de preconceito podem render bons negócios neste mercado em franca expansão.

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