Faltando uma semana para a Páscoa, a época mais doce está chegando. Desse modo, os amantes de chocolate já se preparam para as compras.
Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o comércio varejista brasileiro deverá vender R$ 2,49 bilhões para a Páscoa.
Portanto, isso indica um aumento de 2,8% em comparação com o ano passado, já descontada a inflação.
O resultado ficará 2,7% abaixo do registrado em 2019, que obteve R$ 2,56 bilhões.
Estados
Por estados, a expectativa nas vendas altas são em Santa Catarina (7,9%), Ceará (7%) e Espírito Santo (6,8%).
Porém, os maiores volumes de vendas deverão ocorrer em São Paulo (R$ 977,02 milhões), Minas Gerais (R$ 273,11 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 243,99 milhões.
Dessa forma, somando ambos, chega a 60% do volume financeiro gerado para a data.
Região
Conforme pesquisa com 200 moradores da região, o Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sincomércio-BSVR) informa que os consumidores da Baixada Santista e do Vale do Ribeira planejam presentear os familiares e amigos dentro de um orçamento de até R$ 200.
A prioridade para a maioria será encontrar descontos, no intuito de quitar as compras à vista.
Além disso, a lista para o evento é enorme e diversificada para a maior parte dos moradores da região.
O principal foco são os ovos de chocolate. Para ter noção, eles representam 53% da intenção de compra.
Já o público interessado em diversificar busca caixas de bombom (57%), barras de chocolate (38%) e colomba pascal (9%).
Nesta parte do questionário, os entrevistados podiam escolher entre diversas opções.
Expectativa do comércio
“O comércio da Baixada Santista e do Vale do Ribeira vive um momento bem estável de crescimento, que começou com a Black Friday, em novembro, e se estende pela temporada de verão. Esse impulso nas vendas deve continuar no período da Páscoa, uma das maiores datas comemorativas do Brasil”, disse o presidente do Sincomércio-BSVR, Omar Abdul Assaf. Ele prevê um aumento de 10% a 15% nas vendas em comparação com 2022.
Empreendedoras
Segundo levantamento da Associação Paulista de Supermercados (Apas), os ovos de Páscoa estão até 40% mais caros este ano em relação a 2021.
Com alta nos preços, alguns consumidores preferem os ovos de colher ou os famosos “ovos caseiros”, assim como os outros diversos doces para poder economizar.
Quem aborda essa questão é Cristiane Valdez, que começou a produção de ovos de Páscoa há mais de 18 anos.
Ela conta que neste ano pós-pandemia, a expectativa está sendo bem grande e a procura também.
Sobre as encomendas, ela afirma que a maior procura são de ovos de colheres tradicionais e ovos de Páscoa funcionais veganos e low carb.
Contudo, a inflação é um obstáculo no caminho desses empreendedores. “A Páscoa é muito significativa para mim e para muitas confeitarias que produzem ovos para vendas. A questão da inflação ficou bem complicada, pois todos os produtos para confecções dos ovos subiram muito, inclusive as embalagens.”
Mesma opinião de Maria Del Carme. “Aumentaram os custos dos produtos do ano passado para cá, como o chocolate em barra, em pó, confeitos e recheios, mas a gente não pode colocar o aumento em cima do produto. Não pode colocar 100%, tem que sempre colocar um pouquinho menos. Se aumentar muito, não vende, pois espanta o cliente.”
Quanto as vendas, segundo Maria, a expectativa é boa e as encomendas estão maiores do que no ano passado. A bola da vez são as barrinhas de chocolate recheadas com grande procura.
Ela também aborda sobre a questão dos consumidores economizarem.
“A importância da economia para o consumidor seria a qualidade do produto. Ele é feito manualmente, não é industrializado. Acho que por isso, os consumidores aderiram ao produto uma barrinha de chocolate recheada ou ovo de colher, por conta da qualidade do produto”.
Formas de economizar
Para poder aproveitar esta data comemorativa, existem maneiras para evitar prejuízos financeiros. Por exemplo, Thays Ribeiro, mãe de 2 filhos, dá algumas dicas.
“A atendente de uma loja disse para mim que as pessoas acham que mais perto da Páscoa, o preço vai diminuir, porém sobe, por exemplo, R$ 1 ou R$ 2 e a chance de não ter o produto é grande”.
De acordo com Thays, ela está na procura desde quando os ovos foram colocados nas prateleiras, observando-os em diferentes locais.
Quando foi a um supermercado da região, achou um ovo de Páscoa por R$ 88. Porém em outro, esse mesmo produto custava R$ 20 mais barato e acabou comprando.
Ela também cita outra alternativas que os consumidores podem adotar. “Eu acabo optando compre 1 e ganhe desconto no segundo. Além dos ovos artesanais, para consumo imediato”, enfatiza.