Resistindo à tentação

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Manter uma alimentação saudável mediante uma  rotina de trabalho diária é um desafio constante. Os horários disponibilizados para as refeições e a dificuldade de voltar para a casa na hora do almoço fazem com que a única opção seja comer em restaurantes ou lanchonetes.

Mesmo sem a tradicional comidinha caseira, é possível fazer refeições saudáveis e estar disposto a alimentar-se bem . “Comer fora de casa é uma tentação porque há muitas coisas saborosas, mas nem sempre saudáveis”, indica a nutricionista Renata Bernardes de Oliveira.

Como grande parte dos profissionais que precisam almoçar na rua optam por restaurantes self service, o popular quilo, a nutricionista recomenda que as frituras sejam evitadas. “É preciso fazer escolhas saudáveis porque nesse tipo de restaurante existem diversas opções e ficamos tentados a escolher as menos nutritivas”, comenta.

Para que essa escolha seja balanceada, a nutricionista recomenda que o prato seja dividido por alguns grupos alimentares. Os vegetais, por exemplo, devem preencher um espaço correspondente a metade do tamanho do prato. A outra parte, ¼ do montante,  deve conter carboidratos como massa, arroz ou batata.

“Se houver arroz integral essa é a melhor escolha. Quando a opção for a massa é bom evitar os molhos gordurosos, como os brancos e os que contêm queijos. O ideal é que o molho seja o de tomate”, afirma.    
Por fim, a escolha da mistura deve ser a mais cautelosa evitando as frituras e carnes em grandes quantidades. A melhor opção, segundo Renata, é um pedaço de frango, carne ou peixe. Mas esses alimentos não devem estar no prato de uma só vez. “Não adianta comer   frango,  carne e o peixe em uma refeição apenas. Uma dessas opções é o suficiente”, confirma.

Segundo a nutricionista, as frituras são as vilãs dos restaurantes por quilo que, pela variedade de opções, chamam a atenção do consumidor. “As frituras são saboras, mas são prejudiciais à saúde. Por isso, é preciso se policiar e ter a consciência que realizar refeições fora de casa não é sinônimo de alimentos pouco saudáveis”, afirma.

Lanche
Para quem prefere a refeição principal em casa e opta por um lanche como substituto do almoço, o  jantar, neste caso, passa a ser a refeição mais importante e só é realizada, muitas vezes, no meio da noite. “O grande receio é que esse lanche não tenha a quantidade suficiente de calorias para substituir o almoço”, alerta Renata.

É possível fazer a mudança desde que algums cuidados sejam tomados.

O principal é evitar fast foods, como os hambúrgueres, por exemplo e pães brancos, que contêm elevada quantidade de farinha e poucos nutrientes. Ele pode ser substituído por pães integrais, que contém alto teor de fibras e são mais nutritivos. “Assim como numa refeição, no lanche é preciso consumir carboidratos e proteínas”, diz. “Pode-se optar por um filé de frango ou, quando a escolha for um sanduíche, ele pode ser preparado com um queijo magro e um peito de peru, por exemplo”, comenta.

Alimentar-se a cada três ou quatro horas durante o dia é fundamental nesse processo, pois além de ser o ideal para a saúde, evita os exageros noturnos. “Passar todo o período da tarde sem comer faz com que a noite a pessoa coma em exagero”, diz.

Para que o estômago não fique vazio, alguns alimentos como frutas, iogurtes, biscoitos integrais e extrato de soja com suco podem fazer parte do lanche da tarde.  “Há muitas opções para se levar na bolsa ou na mala”, diz.

Renata alerta para a escolha das barras de cereais, opção frequente para os lanches rápidos. Segundo ela, grande parte dessas barrras apresentam um alto teor de açúcar.  “São muitas opções no mercado por isso é bom analisar bem. Nem todas são indicadas”, alerta. 

Higiene
Observar o ambiente do restaurante e as condições de higiene fazem parte do processo de uma alimentação saudável. O manuseio do alimento ou a exposição a condições inadequadas podem colaborar para o contágio de viroses  transmitidas por meio de alimentos contaminados.

No caso dos restaurantes fast foods, onde a comida é exposta em um buffet, deve-se observar as condições onde os alimentos estão expostos e como eles são manuseados. “É preciso prestar atenção como é feita a reposição daqueles alimentos. Se a comida fica exposta durante muito tempo e se ela não está na temperatua adequada, poderá estragar”, afirma Renata.

O manuseio da comida também deve ser observado. Os atendentes devem utilizar protetores de cabelos para evitar que os fios caiam na comida, além de luvas. Os talheres, se não descartáveis, devem ter a higienização quente. Como nem todos os restaurantes disponibilizam a tecnologia, é importante que eles estejam em sacos plásticos para evitar que as pessoas manuseem um talher que será utilizado por outra pessoa.