O que acontece com os resíduos sólidos que todos geram diariamente? Na Baixada Santista, em oito dos noves municípios, o lixo é encaminhado ao aterro sanitário Sítio das Neves, na Área Continental de Santos. Espaço que está com os dias contados. Em cerca de 18 meses, o aterro – que recebe cerca de 1.511 mil toneladas por dia de lixo (segundo dados da Cetesb de 2011 a 2015) – chegará a sua capacidade máxima. Em Santos, e também nas demais cidades, o prefeito eleito terá um problema a solucionar e com data que não poderá ser prorrogada.
O cenário é agravante e pode ser analisado em estudo recente feito pelo Observatório Litoral Sustentável, que aponta que a geração de resíduos e o gasto no gerenciamento no Litoral Paulista são maiores do que a média nacional. Ainda de acordo com levantamento, cerca de 80% dos resíduos gerados poderiam ser recuperados, mas tem ainda destino incorreto. A região, portanto, não segue a recomendação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010. A determinação é que todos os lixões do País devessem ser fechados até agosto de 2014 e apenas os rejeitos (material que não pode ser reutilizado ou reciclado) deveriam ser destinados aos aterros sanitários. Os resíduos orgânicos e os recicláveis precisam ter outros destinos e tratamentos.
Os resíduos nos municípios da Baixada Santista e do Litoral Norte de São Paulo são compostos, em média, segundo o levantamento do Observatório, por 60% de orgânicos, 31% de secos (recicláveis) e 9% de rejeitos. Em Santos, a reciclagem – embora presente – ainda representa pouco, em torno de apenas 3% do total produzido na Cidade é destinada para a Usina de Triagem de Resíduos Sólidos. Confira no quadro o que os oito candidatos a prefeito de Santos pensam sobre o assunto e sua proposta para enfrentar este desafio.