Após a Codesp, administradora portuária, completar um mês sem um diretor-presidente, uma nova pauta surgiu dentro do setor: a participação de Casemiro Tércio Carvalho, cotado para o ser o novo presidente da estatal, em duas empresas privadas do setor portuário.
De acordo com a reportagem do Diário do Litoral, Tércio, indicado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, vêm fazendo reuniões com gerentes e superintendentes da companhia.
Isso a despeito do seu nome ainda não ter sido oficializado.
O fato de ainda não ser nomeado, mas estar presente na empresa, provocou discussões internas na Codesp.
Segundo a Reportagem, Tércio é sócio das empresas Garín Investimentos e Bureau de Engenharia, conforme o Linkdkin, rede social ligada ao mundo corporativo.
A Garín está ligada ao ramo de investimentos.
Por outro lado, a Bureau é voltada à área de Engenharia e Infraestrutura Portuária e Hidroviária.
O DL ainda indaga alguns questionamentos em relação os novas integrantes da nova diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Jennyfer Tsai e Danilo Veras.
Segundo eles, ambos estão acompanhando todas as reuniões dentro da estatal apesar de ainda não terem sido nomeados oficialmente.
Procurada para esclarecimentos, a Codesp preferiu que as dúvidas sejam sanadas junto ao Ministério da Infraestrutura.
Por outro lado, o Ministério emitiu uma nota afirmando que a pasta foi informada da vinculação do futuro presidente da Codesp com empresas privadas.
Confira a nota completa
“Desde o início das tratativas e da indicação pelo Ministério, do novo diretor-presidente da Companhia Docas de São Paulo (Codesp), Casemiro Tércio, foi dada ciência à Pasta de sua vinculação com empresas privadas.
De fato, boa visão de mercado é uma das habilidades perseguidas por essa Administração para que possa buscar modelos de gestão mais eficientes no Setor Portuário.
Portanto, o profissional indicado reúne todas as condições técnicas para conduzir a companhia com eficiência.
O indicado pelo ministro Tarcísio Gomes de Freitas está em processo de desvinculação integral de todas as suas atividades na iniciativa privada para que não haja qualquer conflito de interesse de qualquer natureza.
E para que assim esteja 100% empenhado na gestão do Porto.
O futuro diretor-presidente tem participado de reuniões preparatórias, em que estão sendo tratados assuntos de transição, com a participação da atual presidência, e sem nenhum tipo de comprometimento ao planejamento estratégico da companhia”.