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18 DE ABRIL DE 2014

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Aplicativos de táxis representam desafios para as cooperativas

Os aplicativos criados para pedir um táxi estão ganhando cada vez mais adeptos tanto por parte dos taxistas como dos passageiros e fazem uma verdadeira revolução no sistema

Por: Da Redação

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Os aplicativos criados para pedir um táxi estão ganhando cada vez mais adeptos tanto por parte dos taxistas como dos passageiros. Em uma rápida pesquisa no celular é possível encontrar mais de 10 que oferecem este tipo de serviço. Dois, porém, lideram o mercado, o 99 Taxi e o Easy Taxi. Inserida em 30 países, a Easy possui cadastrado 120 mil taxistas e possui 6 milhões de dowloads. Já a 99 possui, apenas no Brasil, 40 mil cadastros.

Assim como em todo o país e mundialmente como mostram os números, eles já são realidade na região há alguns meses. O sistema, que muda radicalmente a maneira de fazer o pedido, simplifica e diminui o tempo de espera do passageiro. Se antes pedir um táxi era preciso fazer uma ligação e esperar a telefonista encontrar o táxi, hoje em apenas alguns clicks é possível fazer o pedido, entrando em contato direto com o motorista, e acompanhar em tempo real a localização do veículo, qual modelo e placa.

Para quem já utiliza os aplicativos, como o estudante Carlos Henrique, eles vieram de encontro com a demanda dos dias atuais por diminuir – e muito – o tempo de espera, além da possibilidade de saber com exatidão quando o carro chega e não ficar esperando, nem fazer com que o motorista espere em demasia.

Para o presidente do Sindicato dos Taxistas de Santos, Luiz Guerra, é notório o avanço, mas é preciso criar uma regulamentação para os aplicativos melhorando inclusive a maneira como é feito o cadastro dos taxistas. “Fazer uma reclamação, por exemplo, é difícil por estes aplicativos”, ressalta.

De acordo com a assessoria do Easy Taxi, entretanto, existe uma equipe de atendimento que analisa diariamente todos os documentos dos taxistas, além, de estar em constante contato com esses profissionais. “Caso o taxista deixe de exercer a função, solicitamos sempre que eles nos comuniquem, porém, se isso não acontecer, é possível detectar o fato por meio de nossos constantes contatos para atualização de cadastro’, explica a empresa por meio de nota.

Como funciona o cadastro?
Para os passageiros é simples. Basta baixar o aplicativo gratuito ao usuário – se for smartphone, por exemplo, pela AppStore – e começar a usar. Já o taxista precisa fazer um cadastro maior com documentos que comprovem que exercem a profissão. A forma de cobrança pelo serviço é variável.

Rádio Taxis se modernizam
Se representam avanço para os próprios taxistas e passageiros, os aplicativos são um verdadeiro desafio para as cooperativas. Hoje inclusive, os taxistas que utilizam os aplicativos podem ser punidos pelas companhias. Para o motorista L., que não quis se identificar para evitar uma possível punição, este é um problema sério, mas de difícil fiscalização. “Na verdade, todos vão precisar se modernizar. Existem dias que recebo mais corridas pelos aplicativos do que pelo rádio táxi. É questão de tempo para que a mudança de hábito aconteça”, ressalta. De acordo com o presidente da Cooper Táxi, Alexandre Ribeiro, os taxistas quando flagrados utilizando estes sistemas podem ser punidos. “Quando fazem parte de uma cooperativa, precisam atender às nossas chamadas e os aplicativos acabam sendo concorrentes”, explica Ribeiro, que baixou aplicativos para fazer esta fiscalização.

Para o presidente do Sindicato dos Taxistas de Santos, Luiz Guerra, os sistemas representam um grande avanço. Para ele, quem não se adaptar ficará para trás. Em Santos, duas já estão desenvolvendo um aplicativo próprio. Uma delas é a própria Cooper Taxi, que possui 160 carros e 300 motoristas. A empresa, que realiza 850 mil corridas por ano, o que dá em torno de 2.300 por dia, está se preparando para atender este novo perfil de usuários. “Segundo pesquisa, o público destes novos aplicativos são pessoas de até 40 anos. Mesmo nosso público sendo 60% da terceira idade, vimos a necessidade de aprimorar o atendimento e vamos lançar um aplicativo próprio”, ressalta Alexandre Ribeiro.
Aplicativo, que – segundo Ribeiro – deve começar a funcionar até a Copa do Mundo. E as mudanças não são apenas em relação à tecnologia. Se um táxi demora, hoje, cerca de 20 a 30 minutos para buscar o passageiro, o tempo deve passar para até cinco minutos. “Estamos implantando – até por conta da nova realidade da Cidade, com trânsito cada vez mais complexo – um sistema de localização dos taxistas mais moderno. Queremos facilitar e diminuir o tempo de espera. Estamos capacitando nossos motoristas para que se tornem profissionais do volante, com cursos, o que será um grande diferencial”, ressalta.

Para ele, os aplicativos de fora terão uma desvantagem em relação às cooperativas de táxis que estão desenvolvendo seus próprios sistemas, pelo fato delas terem sede e serem facilmente localizadas. “Não ter um retorno imediato quando acontece algum problema com o motorista pode ser um complicador. Outra questão que nos preocupa é que o passageiro quando pega uma corrida pelo aplicativo e entra em um carro da cooperativa, acaba ligando para nós para reclamar, o que está errado, pois não teremos a corrida em nosso sistema”, explica Alexandre que acredita também que em breve a mudança será grande até em número de funcionários da cooperativa. “Com certeza diminuiremos o número de pessoas no escritório. É uma tendência natural”, conta.

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