7 a 1 na Saúde brasileira | Boqnews

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10 DE JULHO DE 2018

7 a 1 na Saúde brasileira

Por: Da Redação

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Pouco antes da Copa do Mundo de 2014, no Brasil,o ex-jogador Ronaldo “Fenômeno” derrapou em um declaração forte. Questionado se o povo não preferia hospitais e segurança ao invés de estádios, Ronaldo respondeu: “Sem estádio não se faz Copa, amigo. Não se faz Copa do Mundo com hospital. Tem que fazer estádio”, afirmou.

Passados quatro anos, não ganhamos nada naquele torneio, levamos uma baita surra da Alemanha por 7 a 1, que aliás, conquistaram seu quarto título, e quatro anos depois, aconteceu o que se previa. Dos 12 estádios erguidos para o Mundial de 2014 no país, oito deles se tornaram elefantes brancos de concreto e aço.

E a saúde pública no país, como bem “lembrou” Ronaldo na oportunidade? Bem, a saúde também vem levando de 7 a 1 pela má gestão pública. A falta de leitos, longas espera para marcar consulta, má formação dos médicos, dentre outros entraves.

Pesquisa
Para agravar esse quadro, muitos brasileiros perderam seus empregos e migraram dos caros planos de saúde para a rede pública, e aí faltam médicos competentes e remédios para atender a população pelo SUS, além do subfinanciamento do sistema de saúde não ser suficiente para atender a todos.

E os números da saúde no País são de assustar. Segundo dados recentes do Conselho Federal de Medicina (CFM), 89% dos brasileiros classificam a saúde – pública ou privada – como péssima, ruim ou regular. A avaliação é compartilhada por 94% dos que possuem plano de saúde e por 87% dos que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para os entrevistados, entre os principais pleitos está a redução do tempo de espera por consultas, exames, e cirurgias; melhora na fiscalização dos serviços na rede pública; construção de mais hospitais; e garantir melhores condições de trabalho e de remuneração para médicos e outros profissionais da área.

Grave
A valorização do SUS aparece com ênfase na pesquisa. Ocorre que, em 2018, apenas 3,6% do orçamento do Governo Federal foi destinado à saúde. O percentual fica bem abaixo da média mundial, de 11,7%.

Ocorre que o sistema de saúde brasileiro foi formulado seguindo um modelo de gestão descentralizado, onde os investimentos se tornaram responsabilidade (e acabaram pesando) para os estados e municípios, em vez de exclusivos da União, garantindo menor participação federal nos gastos com saúde pública.

Como se vê, a saúde pública no país é ruim até para quem tem plano de saúde. A expectativa fica por conta dos brasileiros, pós-recesso da Copa, cobrarem do candidatos nesta eleição sobre sua atuação em relação à assistência médica.

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