As entrevistas realizadas no Jornal Nacional, da Globo, sob a batuta de William Bonner e Renata Vasconcelos, com alguns candidatos à Presidência, em muito se assemelham aos princípios da chamada Santa Inquisição.
A falta de um roteiro que privilegie as propostas e programas dos candidatos mostra que resolveram investir em assuntos pouco edificantes, que transforma o entrevistado em boi de piranha.
O que isso serve como informações para os eleitores, no meu caso pessoal, não resulta em nada. Nenhum dos entrevistados até agora terá o meu voto, mas no caso específico do Bolsonaro, se eu fosse um desavisado, tenderia a depositar meu voto nele.
O teor das perguntas e o fato de perguntarem e na sequencia já tentam responder pelo entrevistado, nem na inquisição se viu algo igual. Os “jornalistas” da Globo se comportam como donos da verdade e acabam caindo em suas próprias armadilhas.
No caso do Bolsonaro, que após essa entrevista subiu alguns pontos em seu Ibope, fizeram papel de idiotas e acabaram com cara de moleque após alguma arte malfeita.
O ‘seu’ Bonner teve que engolir o assunto que levantou sobre o casamento e acabou enfeitado como um cervo galheiro.
A dona Renata foi se meter no assunto de salários iguais para a mesma função, e o Brasil todo ficou ciente que ela ganha muito menos que o Bonner. (…)
O mesmo com relação aos demais candidatos que tiveram o aval da Globo para participarem dessas entrevistas que não resultaram em nada.
Apenas serviram para relembrar que o senhor Roberto Marinho foi um dos articuladores e linha de frente de primeira hora da revolução de 64. Muito embora o senhor Bonner tentasse desmentir o fato, teve que engolir o que mentira nenhuma irá encobrir.
E o mais interessante é a discriminação com os demais candidatos que não são chamados para tais entrevistas.
Essa democracia que é praticada na questão eleitoral, é coisa para ninguém botar defeito. Há candidato que, pelo fato do partido dele não ter representante no Congresso, é tratado como pária. (…)
Junte-se a isso, a pouca confiança que se tem nessas urnas eletrônicas, que segundo alguns especialistas, não oferecem a menor segurança em matéria de confiabilidade.
Não permitir que o eleitor retire uma cópia daquilo que depositou na urna, acirra ainda mais essa desconfiança, e eleva o grau de desconfiança na seriedade desse sistema.
Quanto aos entrevistadores do Jornal Nacional e outros de outras emissoras poderiam prestar um melhor serviço à sociedade brasileira.
Se preparem melhor e formulem questões relacionadas com o futuro do nosso País.
Picuinhas, fofoquinhas, baixo nível, já temos demais, é só apreciar as novelas que a Rede Globo produz. Em sua obra Pastores da Noite, Jorge Amado criou uma frase singular:
“Pastoreávamos à noite como se fossem um bando de cabras.” Nem todos fazem parte desse rebanho que ainda acredita em Papai Noel.