“Respeite os idosos, um dia você também será um deles”. Esta frase é comumente usada pelos cidadãos, quando testemunham atitudes de descortesia com a terceira idade. Na verdade, o envelhecimento deveria ser visto com carinho e reverência pela sociedade. Isso porque os idosos precisam superar os percalços da velhice, tais como a perda da força física e das condições de trabalho.
Além disso, os indivíduos que alcançam a terceira idade sofrem diversas restrições no cotidiano. No mundo, 46% das pessoas apresentam alguma limitação física após os 60 anos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, há um dado preocupante: 37% de seus habitantes acima de 50 anos apresentam algum tipo de incapacidade funcional ou dificuldade para realizar tarefas simples, como atravessar a rua ou subir escadas.
Desafios
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a população mundial com mais de 60 anos vai passar dos atuais 841 milhões para 2 bilhões até 2050. Porém, em 2020, o número de pessoas acima dessa idade será maior do que o de crianças até cinco anos, sendo que 80% dos idosos viverão em países de baixa e média rendas.
Assim sendo, combater as doenças crônicas dessa faixa etária e oferecer bem-estar à terceira idade serão os novos desafios de saúde pública global.
Em países desenvolvidos, onde a terceira idade já representa grande parte do total da população, a qualidade de vida dos idosos é considerada satisfatória de modo geral. Já no Brasil, com o crescimento da expectativa de vida a cada ano, há muito ainda para melhorar no dia a dia dos mais velhos.
Remédio
Dessa forma, planejar ruas com boa acessibilidade, introduzir academias ao ar livre com aparelhos de ginástica adaptados, oferecer ônibus com piso rebaixado e programas esportivos e culturais voltados para a terceira idade são deveres maiores dos gestores municipais.
O envelhecimento da população é um assunto, que já merece atenção das últimas Administrações Públicas de Santos há tempos, por se tratar de uma Cidade reconhecidamente com grande número de idosos – na casa dos 20%.
A atual gestão, no entanto, aposta ser esta a melhor idade, tanto que foi criada recentemente uma Coordenadoria Municipal só para pensar nas políticas públicas para os idosos. Este Órgão é responsável por discutir e articular, com as demais secretarias, ações e programas específicos para garantir atenção integral a essas pessoas.
A sensibilização, capacitação e a interação social são, portanto, os melhores remédios, para que a participação dos idosos na sociedade aconteça mais ativamente e seja reconhecida e respeitada por todos.