Contrariando os anseios da população e as promessas de campanha, a propalada reforma política não passou de ilusão. Muito se falou, mas pouco se alterou efetivamente.
Oportunidade perdida II
Ao que parece, casos como o Mensalão e Operação Lava Jato não serviram de exemplo para comprovar a relação espúria que ocorre – na maioria das vezes – entre a iniciativa privada e os candidatos. A proposta atual prevê apenas que empresas poderão doar a partidos e não mais aos candidatos. Na prática, a alteração é pífia e pouco muda nesta relação perniciosa.
Oportunidade perdida III
No caso da Operação Lava Jato, por exemplo, o Ministério Público Federal identificou a formação de cartel das empresas Engevix Engenharia, OAS, Odebrechet, UTC, Camargo Correa, Techint, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Promon, MPE, Skanska, Queiroz Galvão, IESA, Galvão, GDK e Setal, possibilitando fraudes em licitações da Petrobras. Só para se ter ideia, tais empresas doaram R$ 98,8 milhões apenas às campanhas de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). E a mesma prática ocorre por todo Brasil.
Oportunidade perdida IV
Os recursos também beneficiam deputados, independente da sigla partidária, seja de forma direta ou via partidos e comitês partidários. Da região, foram beneficiados com doações destas empresas e suas subsidiárias Beto Mansur (PRB) – R$ 80 mil da Queiroz Galvão e R$ 200 mil da Odebrechet, via Comitê Financeiro Único; Samuel Moreira (PSDB) – cheque de R$ 133.300,00 da Odebrecht Agroindustrial; e Maria Lúcia Prandi (PT) – R$ 95 mil da Queiroz Galvão Alimentos, proveniente da direção nacional do PT. E há os que receberam de outras empreiteiras/empresas prestadoras de serviços a governos municipais e estaduais. Ressalte-se: tudo de forma legal.
Bola fora
Não é apenas com o risco de corte de energia elétrica que o Museu Pelé tem sofrido. Funcionários do local estão com os salários de abril atrasados, assim como a prestadora de serviços de limpeza da atração.
Nova finalidade
O imóvel locado que abrigou o comitê do atual deputado federal João Paulo Tavares Papa (PSDB) no ano passado terá nova finalidade. A Secretaria de Saúde de Santos alugou o imóvel junto à proprietária, Mute – Participações Limitada, do grupo Macuco Construtora, para os próximos cinco anos. Valor total do contrato: R$ 1,2 milhões, ou R$ 20 mil mensais pelo imóvel localizado à Avenida Conselheiro Nébias, 453, na Encruzilhada.
Tirando a letra B
Em virtude da intervenção que ocorrerá no PSDB vicentino nos próximos dias, o vereador Bozzella Jr. já estaria de malas prontas para o PSD.
Sinal vermelho I
Quem acompanha os balanços orçamentários da Prefeitura de Santos se assustou com a queda na arrecadação e no aumento das despesas. O percentual de impostos recebidos no primeiro quadrimestre – o mais forte do ano – está abaixo do ideal. Enquanto o crescimento entre o mesmo período entre 2013 e 2014 chegou a 12,5%, o aumento entre 2014 e 2015 foi de 6,3%, menos que a inflação oficial, de 8,22%, no período.
Sinal vermelho II
Não é à toa que a Dívida Consolidada Líquida do Município cresceu de 0,8% no ano passado para 6,39%, atingindo R$ 117,3 milhões (aumento de 757,1% no período). Além disso, a despesa com pessoal já está em 50,39% da receita corrente líquida (em 2014, era de 50,13% neste período). E o cenário preocupa, pois os próximos meses são tradicionais na queda na arrecadação enquanto o funcionalismo tem ainda o 13º a receber. Portanto, uma folha salarial a mais e receita a menos.
Recordar é viver
Um dos presos pelos esquemas de corrupção na Fifa, o ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, já recebeu o título de cidadão emérito santista, em 2003, proposto pelo vereador Antonio Carlos Banha Joaquim (PMDB).
Convidados da segunda
O Jornal Enfoque, ao vivo a partir das 8h05, na Santa Cecília TV, com reapresentação às 17 horas, terá, na segunda (1), a participação dos professores universitários Fábio Giordano e Luciano Pereira de Souza. Apresentação do jornalista Francisco La Scala Jr.
Quem responde?
Quando…
efetivamente serão instalados nos PSs e hospitais públicos os sistemas de controle de biometria, conforme determinação do Ministério Público?