Respirar a fumaça do cigarro com frequência pode ser até mais prejudicial do que o próprio fumo, já que a fumaça eliminada não passa por um filtro como a inalada pelo fumante.
Segundo a pneumologista do laboratório Alta Excelência Diagnóstica, Silvia Rodrigues, os problemas que podem ser desenvolvidos pelos fumantes passivos em decorrência do cigarro são as alergias, irritações, enfisema pulmonar e até câncer nos pulmões.
A médica esclarece que a fumaça é resultado da queima dos componentes e pode estar mais carregada de nicotina do que o próprio cigarro — por isso ela é tão prejudicial para o não fumante. “Na própria fumaça há mais de 4000 substâncias toxicas – monóxido de carbono, amônia, alcatrão, etc. Durante a queima do cigarro é liberado, dentre outros elementos, o monóxido de carbono, que se liga à hemoglobina e diminui a quantidade de oxigênio no sangue”, afirma a pneumologista.
Embora em algumas regiões do Brasil seja proibido fumar dentro de estabelecimentos comerciais fechados, como restaurantes e bares, muita gente ainda tem contato com a fumaça de cigarro dentro de casa, ou até mesmo no dia a dia, na convivência com fumantes. De acordo com a Dra. Silvia, deve-se evitar ao máximo se expor à fumaça do cigarro, porque é a frequência e quantidade da exposição que contribuem para o desenvolvimento de problemas de saúde.
“Sentir o cheiro de cigarro ao andar na rua em ambiente aberto não causará o desenvolvimento doenças graves, como câncer, embora numa pessoa com alergias respiratórias, como asma e rinite, já possa ser suficiente para agravar os sintomas respiratórios. O risco maior para o desenvolvimento de doenças crônicas ocorre quando o indivíduo aspira com frequência regular a fumaça do cigarro alheio principalmente em ambientes fechados”, avisa a médica.