O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, será homenageado na segunda (21), a partir das 14 horas, pela Câmara de Santos com o título de Cidadão Emérito, a pedido do vereador Ademir Pestana (PSDB), mesmo partido que Moraes era filiado antes de se tornar ministro – cargo que passou ocupar após indicação do presidente Michel Temer em decorrência da morte do então ministro Teori Zavascki.
Moraes é um velho conhecido dos pares tucanos.
Ex-promotor, abriu mão do cargo para alçar voos políticos.
Foi secretário de Gilberto Kassab na prefeitura paulistana e de Geraldo Alckmin no governo paulista.
Durante um hiato ausente da política no início desta década, atuou como advogado, tendo clientes como o ex-deputado Gabriel Chalita e o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, especialmente para defendê-los das denúncias de supostas compras ilícitas e recebimento de bens durante a passagem de ambos na Secretaria de Educação de São Paulo. (vide texto).
Boa parte dos inquéritos foi arquivada por falta de provas. O acusador, Roberto Grobman, virou pastor da Igreja Universal do Reino de Deus e vive em Israel.
Ambos os políticos, aliás, fazem parte até hoje do círculo de amizade do ministro desde que entraram no PSDB.
Quase prefeito paulistano
Moraes chegou a ser cotado como candidato à prefeitura de São Paulo no ano passado, mas acabou sendo preterido por João Dória.
A promessa, então, foi protelada com a possibilidade de suceder Geraldo Alckmin no Palácio dos Bandeirantes (vide texto) concorrendo pelo PSDB, partido a qual era filiado até o início deste ano.
A ideia, porém, foi abortada com a ida ao STF, após ter ocupado o Ministério da Justiça e Segurança no governo Michel Temer.