Abandonados e inativos, orelhões fazem parte do passado pelas ruas das cidades | Boqnews
Equipamentos não funcionam na maioria dos locais. Não bastasse, estão sujos e inoperantes, só contribuindo para a poluição visual. Foto: Nando Santos

Telefonia

05 DE ABRIL DE 2024

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Abandonados e inativos, orelhões fazem parte do passado pelas ruas das cidades

Com a queda no uso, os orelhões encontram-se sujos e pichados, sem funcionamento na maioria dos locais. Em Santos, são 387 telefones públicos

Por: Da Redação

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Eles fizeram parte de campanha publicitária premiada nos anos 70.

Afinal, suas fichas rendiam dinheiro e facilitavam o furto.

Depois, veio o cartão com os devidos créditos.

Até centrais de telefonia existiam para que as pessoas pudessem fazer ligações, especialmente para outros estados e países.

Como no Campo Grande, Centro e no Gonzaga, em Santos, no litoral paulista.

No entanto, com a chegada da telefonia celular e o devido avanço junto à população – são mais de 250 milhões de aparelhos, número superior à própria população brasileira – os TUPs – Telefones de Uso Público (os populares orelhões) caíram em declínio.

Não é à toa que a própria Anatel já revê seu funcionamento e existência em grandes cidades.

Em janeiro, lançou uma consulta pública.

Assim, a Anatel sugere que os Telefones de Uso Público (TUP), popularmente conhecidos como “orelhões” devido ao formato, operem apenas para chamadas locais.

Uma análise feita pela autarquia revela que 6.668 localidades solicitaram retirada dos telefones públicos.

Por sua vez, apenas 236 solicitaram instalação do TUP.

Assim, entre as localidades que solicitaram a retirada de TUP, 3.851 são sedes de municípios (58%) e 2.817 são localidades não sede (42%) – ou seja em áreas de movimento de pessoas em locais fechados, como faculdades, escolas e terminais de passageiros.

Em Santos, existem 387 telefones públicos ativos, segundo a operadora Vivo.

A empresa ficou responsável pelos equipamentos públicos com a extinção da Telesp.

Na Av. Conselheiro Nébias, modelos estão inativos e sujos. Foto: Nando Santos

Desuso

Conforme a empresa, no período de março de 2023 a março de 2024, os telefones de uso público do Estado de São Paulo tiveram, em média, utilização de 0,7 créditos por mês.

Por sua vez,  mais da metade não teve utilização alguma.

Neste sentido, no último ano o uso caiu aproximadamente 50%, mostrando o desinteresse pelo serviço.

No entanto, sem uso, a depredação é inevitável nos equipamentos espalhados pelas vias públicas.

Caso das unidades espalhadas na Avenida Conselheiro Nébias, em frente da antiga Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santos, no Boqueirão.

Sem funcionamento, ambos estão depredados, sujos e pichados.

Outro local sem uso está na calçada da avenida Bartolomeu de Gusmão, em frente ao colégio Escolástica Rosa, na Aparecida.

Sem funcionar – o que é comum na ampla maioria dos equipamentos espalhados pelas vias públicas – eles se tornam objetos de poluição visual, sem finalidade.

Em nota, a Vivo informa que possui um sistema que detecta defeitos nos aparelhos para manutenção, além de realizar vistorias periódicas na planta de TUPs.

“Esclarecemos ainda que todos os meses, um volume expressivo de cúpulas, postes e aparelhos sofrem atos de vandalismo, exigindo reparos para que os orelhões estejam à disposição do público”.

“Para solicitar reparos, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento 103 15 (ligação gratuita) disponível 24 horas nos sete dias da semana”.

Assim, a empresa informa que visitará os TUPs (orelhões) nos locais mencionados pela Reportagem e no bairro de Boqueirão, “onde faremos higienização/conservação de TUPs possivelmente vandalizados”.

Dois aparelhos de ‘orelhão’ localizados em frente à orla de Santos. Foto: Nando Santos

Prefeitura

Em nota, a Secretaria de Prefeituras Regionais informa que, em relação aos orelhões citados pela reportagem, a pasta já notificou a empresa para que seja feita a devida manutenção e higienização nos equipamentos.

Para denúncias dessa natureza os munícipes podem ligar para a Ouvidoria – tel 162 – de segunda a sexta, das 7h às 19h, pela internet (www.santos.sp.gov.br/ouvidoria) ou presencialmente no Paço Municipal (Praça Visconde de Mauá s/nº – térreo), das 10h às 16h.

A prefeitura não possui o mapeamento dos orelhões da cidade.

 

Nota da Vivo

A Vivo informa que a distribuição de telefones públicos (TUPs) segue a determinação legal (Ministério das Comunicações) e regulatória (Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL).

Com as novas tecnologias de comunicação, em especial o massivo uso serviço móvel e a crescente demanda por uso de dados e expansão da rede 4G, 4,5G e 5G, a utilização dos orelhões está em acentuado declínio.

Atualmente, temos 387 telefones públicos ativos em Santos.

No período de março de 2023 a março de 2024, os telefones de uso público do Estado de São Paulo tiveram, em média, utilização de 0,7 créditos por mês, sendo que mais da metade não teve utilização alguma.

Neste sentido, observa-se que só no último ano o uso caiu aproximadamente 50%, mostrando o desinteresse pelo serviço.

Em relação à manutenção, a Vivo possui um sistema que detecta defeitos nos aparelhos para manutenção, além de realizar vistorias periódicas na planta de TUPs.

Esclarecemos ainda que todos os meses, um volume expressivo de cúpulas, postes e aparelhos sofrem atos de vandalismo, exigindo reparos para que os orelhões estejam à disposição do público.

Para solicitar reparos, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento 103 15 (ligação gratuita) disponível 24 horas nos sete dias da semana.

Ressaltamos que estamos visitando os TUPs nos locais mencionados pela reportagem e no bairro de Boqueirão, onde faremos higienização/conservação de TUPs possivelmente vandalizados

 

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