A vereadora Telma de Souza (PT) participou das manifestações realizadas no Gonzaga de apoio à categoria (na foto, ao lado do presidente do Sindserv, Flávio Saraiva, e diretores).
No sétimo dia de greve, apenas seis dos 21 vereadores (28%) da Câmara de Santos se manifestaram a respeito da paralisação dos servidores municipais, que reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Todos apoiaram a paralisação. Pelo menos nas palavras e vídeos postados em suas páginas oficiais no Facebook.
A Prefeitura alega que em razão da crise econômica não tem condições de oferecer o aumento pretendido e lança para o segundo semestre a possibilidade de uma nova rodada de negociações, caso a situação econômica melhore.
No site da Câmara (www.camaradesantos.sp.gov.br) não há qualquer citação sobre as manifestações. A alegação é que o reajuste é de competência do Executivo. No entanto, cabe ao Legislativo a autorização ou não da decisão do prefeito.
Vereador Chico Nogueira (o Chico do Settaport) publicou apoio à greve, incluindo carta manifesto do diretório municipal
Redes sociais
Os vereadores do PT, Telma de Souza e Chico do Settaport, únicos de oposição ao prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), gravaram vídeos e fotos em suas redes sociais participando dos atos.
Chico, aliás, publicou ontem um manifesto de apoio assinado pelo diretório municipal do Partido dos Trabalhadores. Telma foi a primeira a se posicionar sobre a greve dos servidores, já na semana passada. Em sua página oficial no Facebook aparece a logomarca de apoio à greve dos servidores.
Na última segunda, a ex-prefeita participou do ato na Praça das Bandeiras, no Gonzaga, mas sem se manifestar no carro de som. Posou para fotos e foi bem assediada por servidores municipais. À noite, fez discurso na bancada da Câmara a respeito das reivindicações dos servidores.
No mesmo dia, foi a vez do vereador Rui de Rosis (PMDB) gravar um vídeo de apoio à categoria. Também escreveram em suas páginas oficiais a respeito de não aceitarem o reajuste zero oferecido pelo Executivo os edis Audrey Kleys (PP), Prof. Kenny (PSDB) e Fabrício Cardoso (PSB).
A vereadora postou um vídeo ontem à noite sobre isso, reconhecendo que o movimento é legítimo, porém ressaltando a difícil situação financeira do País e comparando Santos a outros municípios da região pelo fato de não ter atrasado salários ao longo dos quatro anos do prefeito Paulo Alexandre (Nota da Redação.: Em dezembro, houve atraso no pagamento das férias dos servidores). “Precisamos pensar com cuidado. Vamos nos unir para ocorrer uma saída benéfica para ambos os lados”.
Os três fazem parte de partidos aliados ao Governo Municipal, sendo que Kenny pertence ao PSDB, mesma agremiação do prefeito. Os demais vereadores nada citaram até a noite desta terça (14).
Câmara
Em nota, a Câmara Municipal de Santos informa que até o presente momento, nenhum Projeto de Lei Complementar referente ao reajuste de cesta básica e vale refeição dos servidores municipais foi dada entrada na Casa.
A medida decorre do fato de ter circulado nas redes sociais um eventual projeto encaminhado pelo Executivo que fixava em reajuste 0%, e aumento de 5,25% no vale-alimentação e vale-refeição, conforme já prometido pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa, mas refutado pelo sindicato.
“Vale lembrar também que, regimentalmente, todo o projeto encaminhado do Executivo à Câmara precisa ser lido em plenário pelo presidente e publicado na íntegra no dia seguinte pelo site do Legislativo”, informa a nota, publicada no site da Casa.
Em um longo texto sobre suas atividades como edil, a vereadora Audrey Kleys (PP) também cita que não aceitará reajuste zero para a categoria.