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31 DE OUTUBRO DE 2012

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Zoológico utiliza técnica do reforço para condicionar animais

Carne para os leões, frutas e legumes para o hipopótamo e bolinho feito de ração e banana para a quati e o macaco-prego. Essas são as recompensas que os animais recebem quando fazem direitinho o dever de casa. Diariamente, de duas a três vezes, a leoa Naja, o hipopótamo Popo, a quati Gordinha e o […]

Por: Da Redação

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Carne para os leões, frutas e legumes para o hipopótamo e bolinho feito de ração e banana para a quati e o macaco-prego. Essas são as recompensas que os animais recebem quando fazem direitinho o dever de casa.
Diariamente, de duas a três vezes, a leoa Naja, o hipopótamo Popo, a quati Gordinha e o macaco Kinho são estimulados por seus treinadores a obedecer comandos. Essa técnica chamada de reforço positivo é utilizada para ajudar no manejo dos bichos. 
“O condicionamento serve para conduzir os animais para os recintos e para facilitar na hora de aplicar medicamentos”, explica Marcio Motta, biólogo do Parque Ecológico Voturuá. Os treinadores fazem o uso do target – alvo – formado por um pedaço de madeira com uma bola de isopor vermelha ou amarela na extremidade, na qual o profissional segue na direção desejada para que o bicho acompanhe. 
Quando o animal encosta o focinho no alvo, o treinador aperta um aparelho que faz um clique ou sopra um apito, fornecendo em seguida o alimento. Isso faz com que o bicho entenda que agiu corretamente. 
Com o hipopótamo, Motta também utiliza as mãos para estimulá-lo a abrir a boca e receber os petiscos. Popo recebe treinamento desde o início do ano e aos finais de semana faz pequenas apresentações para os visitantes. 
Com a quati e o macaco-prego o estímulo também pode ser feito com carinho. “É muito legal ver um bicho que não se aproximava nunca e com o treinamento já está mais sociável”, conta o biólogo, que só não se dá muito bem com a leoa. 
Segundo ele, é necessário empatia e confiança entre o treinador e o animal para o condicionamento possa ser feito: “Ela não vai com a minha cara”, brinca. A responsável por treinar Naja é a estudante de Biologia, Mariana Poskus. “Eu até tenho medo, mas não posso demonstrar. Antes de treiná-la eu fiz um processo de aproximação para ela se acostumar com a minha voz, meu cheiro, meus gestos. Estou há um mês com ela e agora tenho até vontade de apertar suas bochechas”, diverte-se. 
Embora o foco principal seja promover uma comunicação, o reforço positivo também enriquece a parte cognitiva dos bichos. “Os animais pensam. Não verbalizam como a gente, mas resolvem problemas”, conclui Motta. 
Horário de funcionamento – O Parque Ecológico Voturuá fica na Rua Dona Anita Costa s/n – Vila Voturuá. O local funciona de terça a domingo, das 9 às 17 horas. A entrada é gratuita. 

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