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03 DE SETEMBRO DE 2019

Carro? Pra quê?

Por: Da Redação

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Dia desses, trocava uma boa conversa com um amigo que decidiu vender o carro e passou a usar aplicativos de veículos, patinetes e bicicletas, como meios de transporte nas cidades. Na oportunidade, perguntei quais os motivos pelos quais decidiu fazer isso.

Ele decidiu trocar o carro porque achava que sua vida seria melhor e ainda poderia economizar uma grana. Alguns meses após ter vendido o carro, meu amigo afirmou com propriedade que a sua vida melhorou bastante e ainda conseguiu economizar uma grana.

Perguntei para ele o que havia melhorado. Ele me respondeu: IPVA, gasolina, lava-rápido e estacionamento? Nem sei mais quanto custa isso! Multas de trânsito? Transtornos no trânsito? Beber ou não na balada? Não passo mais por essas situações!

Economia

Ele acrescentou que, num cálculo rápido, no período de 7 meses, seu carro tinha despesas em torno de pouco mais de R$ 2,5 mil/mês (acredito ser esse o valor médio de quem, como eu, possui carro), levando-se em conta somente os gastos com combustível, seguro, revisões, impostos e manutenção. Hoje ele gasta menos de R$ 1,5 mil por mês com passagens via aplicativos ou por meio de transporte público. Uma economia de R$ 1 mil pelo menos. Interessante.

de se pensar, portanto, se compensa para o bolso (e para a mobilidade urbana) ter um veículo na garagem. Hoje as cidades estão cada vez mais disponibilizando serviços de transporte via aplicativos. E em breve a presença de carros elétricos será cada vez maior. Uma rede de compartilhamento dessa nova modalidade, pioneira no Brasil, disponibiliza em Fortaleza 20 carros 100% elétricos distribuídos em cinco estações. O projeto é sustentado por patrocinadores e pelos valores pagos pelos usuários, sem custos para o município.

 

Cálculo

Especialistas apontam que o uso de apps de transporte, em geral, compensa para percursos mais curtos, mas o carro é melhor para longas distâncias. Para se desvencilhar da caranga, eles ressaltam também a importância de identificar o tamanho da fatia da renda familiar que está sendo usada para se locomover.

A recomendação é que, após identificar o montante gasto com veículo, a família divida esse número pelo total de sua renda. Assim, ela poderá saber quanto do orçamento vai para essa finalidade. Depois é verificar se é viável ou não para você esse dispêndio.

Qualidade de vida e crescimento econômico estão totalmente ligados a uma mobilidade urbana sustentável.

Dessa forma, muitas cidades procuram medidas para desestimular o uso do carro, melhorando sua infraestrutura e garantindo eficácia nos meios de transporte. Uma boa qualidade no transporte público, eficiente rede de ciclovias, acessibilidade às estações e terminais para pedestres e uma integração entre todos esses modais, podem fazer com que o carro deixe de ser algo tão prioritário.

Em tempo: o papo com meu amigo sobre manter ou não um carro na garagem tem me feito pensar muito. Já comecei a colocar tudo na ponta do lápis!

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