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Opiniões

09 DE AGOSTO DE 2016

Esquadrão Suicida

Por: Da Redação

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bannerNão adianta espernear, gritar ou se revoltar, Esquadrão Suicida é ruim. Tinha absolutamente tudo para ser um filmaço, um diretor interessante, um elenco cheio de estrelas, personagens interessantes, dinheiro para efeitos especiais e uma marca (DC) que por si só enche o cinema de fãs. Mas mesmo com tudo isso, o resultado é pífio.

Na trama, depois dos acontecimento de Batman vs Superman, o governo dos Estados Unidos parece preocupado com a possibilidade desses meta-humanos “desandarem”, entra então em cena essa tal Amanda Waller (Viola Davis, que como sempre é ótima, ainda que aqui tenha pouco com que trabalhar), com um tal projeto “Força-tarefa X”, que consiste em criar um grupo de super-vilões para enfrentarem aquele tipo de perigo que mais ninguém ousaria se meter.

E durante mais de meia hora é só isso que você vai ver mesmo. Flashbacks dos vilões (“sutilmente” a não ser daquele que irá morrer logo no começo), ficha corrida surgindo na tela toda colorida e exagerada, cada personagem tentando impor sua simpatia com alguma frase de efeito e mais nada a respeito de nada. OK, seu cérebro vai estar tão tomado por essa sucessão de imagens que nem vai perceber que o filme chega ai sem nem ao menos ter um vilão, uma trama, quiçá uma motivação para eles.

Enfrentar o que vem a seguir é mais doloroso ainda. Um vilão desinteressante (que devia vir com algum “engravatado” dizendo para Waller “eu te avisei!”), e uma sucessão de situações que simplesmente se empurram em direção a um final bobinho contra uma genérica “arma gigante”. Tudo parecendo saído de um roteiro preguiçoso que não sabe muito bem o que fazer para unir os personagens e muito menos como fazer com que eles sigam em frente sem ninguém no cinema ser surpreendido.

esquadrão-suicida-destaqueDavid Ayer assina o roteiro e ainda dirige esse desastre. Ayer foi indicado ao Oscar pelo roteiro de Dia de Treinamento” e recentemente ainda dirigiu o interessante Corações de Ferro, o que deixa bem claro que ele poderia ter feito um trabalho mais interessante em ambas funções. Aqui, além da confusão da trama, o diretor ainda entrega um trabalho que beira o despreparo e sequer consegue fazer uma única cena de ação empolgante e que vá ser lembrada depois que as luzes se acenderem.

Por fim, o elenco estelar que poderia valer o filme, não sai do esperando diante de todos outros equívocos da produção e mantém o nível bem abaixo da média. Will Smith (Pistoleiro) e Margot Robbie (Arlequina) até que se esforçam, mas recebem tão pouco material em mãos junto da responsabilidade de “carregarem” o filme, que o resultado é um piloto automático que não consegue muito bem ir além do uniforme de supervilão.

Pior ainda para Robbie, que ainda tem que contracenar com o afetado, estereotipado e desinteressante Coringa de Jared Leto, que parece não entender o tom do personagem, exagera na loucura e no caos que marcou a versão vivida por Heath Legder em Cavaleiro das Trevas e parece se divertir mais trocando de roupa do que realmente vivendo o personagem. Sem contar a completa falta de necessidade de sua existência na trama. Tanto Esquadrão Suicida, quanto o universo da DC (e até o espectador) poderiam viver (e deveriam) sem esse novo Coringa.

Então, não adianta espernear, gritar ou se revoltar, Esquadrão Suicida é ruim. É um filme destrambelhado, bagunçado, desinteressante e com um visual exagerado tenta fazer todos no cinema não perceberem seus diversos escorregões. Então, se você não percebeu isso, talvez a culpa não seja sua. Mas que o filme é ruim, isso ele é.

Críticas desse e de outros filmes você pode encontrar no CinemAqui 

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