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Opiniões

06 DE JANEIRO DE 2023

Falar menos e trabalhar mais

Por: Humberto Challoub

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A exemplo do que habitualmente ocorre, novos governos eleitos se utilizam da retórica de “terra arrasada” como forma de preparar a população para possíveis dificuldades que enfrentarão em seus mandatos.

A estratégia dá continuidade aos discursos políticos eleitorais e tem sido utilizada por todas as correntes políticas, como forma de depreciar o oponente derrotado e facilitar assim a adoção de medidas contraditórias.

Ao que se viu até aqui, pelas primeiras medidas adotas por integrantes do Governo Lula, foi o uso excessivo dessa prática como forma de justificar refazer normas e diretrizes que mereceriam uma melhor análise de sua real valia para o conjunto da sociedade, sem revanchismo e ranços ideológicos.

Nesse contexto, incluem-se a revogação de decretos e políticas institucionais que vigoravam, entre elas os processos de privatizações de empresas estatais, acesso a armas pela população, regras trabalhistas e projetos em andamento nas áreas de educação, saneamento básico e infraestrutura.

Da mesma forma, mesmo que não beneficiando diretamente todas as famílias brasileiras, não há como negar o bom desempenho do País na área econômica diante dos resultados obtidos no contexto da realidade atual das nações.

Afinal, poucos países conseguiram fechar o último ano com índices de inflação controlados, superávit comercial recorde e crescimento do número de empregos com carteira assinada.

Não se trata de enaltecer governos passados e não reconhecer os equívocos e erros cometidos, mas sim utilizar procedimentos e ações positivas como base para o aperfeiçoamento de métodos que podem resultar em maiores benefícios para todos.

Assim, é de se esperar que os compromissos assumidos pelo novo Governo, de olhar com prioridade para as populações mais pobres e dar continuidade aos investimentos em andamento, sejam muito mais do que exercícios de retóricas ufanistas.

Práticas de austeridade e de racionalização no uso dos recursos arrecadados, ora ressaltadas como instrumentos fundamentais para a manutenção do equilíbrio financeiro do País, são fundamentos que obrigatoriamente devem acompanhar as administrações públicas, em momentos ou não de crise.

Jamais conseguiremos atingir os objetivos pretendidos adotando as mesmas metodologias que constatamos fracassadas no passado.

Afinal, há muito os brasileiros pagam por contas que não contraíram, arcando com prejuízos oriundos da incompetência e má fé de governantes corruptos.

O que se espera agora, portanto, é menos retórica e mais trabalho. Que pelo menos, desta vez, o desfecho seja diferente.

Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação

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