Sinal de alerta | Boqnews
Foto: Agência Brasil

Opiniões

19 DE JANEIRO DE 2021

Sinal de alerta

Por: Humberto Challoub

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O anúncio do encerramento das atividades das fábricas da montadora de automóveis Ford no País representa um alerta para o setor industrial brasileiro, que ao longo dos anos tem reduzido paulatinamente sua participação no PIB nacional. Mais do que lamentar os impactos negativos que a saída da multinacional traz ao Brasil, após um século de participação no mercado interno, torna-se imprescindível a adoção de medidas preventivas para amenizar os efeitos restritivos que a crise motivada pela pandemia e as mudanças no comércio global de produtos industrializados, em médio e longo prazos, trarão à cadeia produtiva.

A expressiva diminuição dos recursos disponíveis para atender linhas de crédito no setor produtivo, o aumento dos níveis de endividamento das populações e a propagação de um surto de desconfiança em relação a capacidade do País para superar seus principais desafios econômicos e sociais também são fatores que corroboram para elevar a preocupação com a possibilidade de novas empresas adotarem a mesma decisão da Ford. Da mesma forma, a insegurança motivada por essas incertezas resultam na imediata retração do consumo, interrompendo, de sobressalto, a execução de planos estruturais e a aplicação de recursos disponíveis em projetos de melhoria produtiva e patrimonial.

Nesse sentido, cabe as autoridades governamentais promover ações eficazes para resguardar a economia brasileira, por meio dos investimentos públicos em áreas essenciais que possam assegurar, no mínimo, a manutenção da oferta de empregos nos níveis atuais. O mundo que se preconiza globalizado está aberto às oportunidades e impõem novos sistemas de integração comercial entre as nações, alicerçados na ideia de que, ao invés de distribuir prejuízos, são as riquezas produzidas pelo trabalho que devem ser compartilhadas em benefício de todos.

Mais do que nunca é necessário agilizar a implementação de medidas que visem a redução do custo Brasil, melhorando o ambiente de negócios e aumentando a competitividade dos produtos brasileiros. A elevada carga tributária brasileira aplicada em setores da atividade industrial, como é o caso do segmento automobilístico, eleva o preço final ao consumidor e, por isso, diminui o interesse das empresas na realização de novos investimentos. Sem a realização de reformas estruturais, que contemplem a redução de impostos e estimulem a melhoria da competitividade das indústrias instaladas no País, será muito difícil atrair recursos para criar e manter os empregos de que os brasileiros tanto precisam

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