Cisco Araña celebra o nome de Santos no cenário internacional do surf inclusivo | Boqnews
O premiado surfista Cisco Araña representou Santos no evento ocorrido em Portugal. Foto: Carla Nascimento

Prêmio

23 DE OUTUBRO DE 2023

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Cisco Araña celebra o nome de Santos no cenário internacional do surf inclusivo

Coordenador das escolas de surf em Santos, Cisco Araña relembrou toda a história, iniciada nos anos 90, para a conquista deste prêmio

Por: Fernando De Maria

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Um sonho com mais de três décadas de existência recebeu o devido reconhecimento, repercussão e projeção internacional.

Afinal, foi no início dos anos 90, durante o governo Telma de Souza (PT), que o surfista e professor Cisco Araña levou adiante uma ideia considerada ‘radical’ na época.

Tudo graças ao incentivo do então secretário de Esportes, jornalista Ouhydes Fonseca, e seu adjunto, o também jornalista Gerson Moreira Lima.

Na época, a proposta era transformar o espaço do antigo Posto 2 – que acabara de ser desocupado pela Telesp – na Escolinha de Esportes Radicais.

Afinal,  junto com outros atletas, Araña abriu espaço nos anos 70/80 para o Brasil se tornar um celeiro de campeões no surfe, como Gabriel Medina e Ítalo Ferreira.

E deu continuidade para outras pessoas com ações públicas, ampliando os horizontes com suas experiências e dedicação.

Dessa forma, exatos 33 anos depois,  Araña esteve em Viana do Castelo, em Portugal, no início deste mês.

Na ocasião, recebeu um prêmio internacional de reconhecimento pelo trabalho realizado em Santos à frente não só da escolinha, mas também de outros projetos, como a escola inclusiva, esta localizada no Posto 3.

“Estou curtindo esta onda”, define o premiado surfista durante participação no Jornal Enfoque do último dia 18.

Confira a entrevista

Origem e prêmio

Dessa forma, Araña enfatizou que o prêmio deve-se ao fato de  Santos estar classificada como a cidade mais inclusiva entre os municípios que participam do World Surf Cities Network, a Rede Mundial de Cidades do Surfe.

Afinal, o reconhecimento é fruto das experiências de sucesso obtidas pela Escola de Surfe Adaptado (que funciona no Posto 3, no Gonzaga).

Além das turmas do público de 50+ da Escola Radical de Surfe (Posto 2, Pompeia).

Ambas se tornaram as primeiras escolas públicas do gênero no mundo, cujas propostas se espalham pelo Brasil e exterior.

Segundo Araña, esta é a primeira vez que a World Surf Cities Network faz este tipo de premiação, da qual participaram 15 jurados.

Na cidade portuguesa, o coordenador das escolas públicas de surfe de Santos ministrou uma palestra para alunos 50+.

Santos já recebeu, por duas vezes, a conferência da Rede Mundial de Cidades do Surfe, da qual participam cidades de Portugal, Espanha, França, Chile, Peru, Equador e País Basco.

Prêmio foi entregue em Portugal, onde Cisco recebeu a homenagem pelo trabalho desenvolvido no atendimento a pessoas com algum tipo de deficiência e também para os que têm mais de 50 anos. Foto: Carla Nascimento

Oportunidades

A entrevista com Araña é um mar de emoções, pois ele relembra com detalhes todas as dificuldades enfrentadas para que o surf merecesse o devido reconhecimento atual.

“Valeu a pena e faria tudo de novo. Afinal, viver é um Aloha , um Nirvana“, enfatiza.

Relatos de pessoas – hoje praticantes do surf – corroboram as palavras do professor.

Atualmente, 80 pranchas confeccionadas em Santos estão espalhadas por outras escolas no Brasil e no exterior – especialmente o surf adaptado.

Portanto, casos de escolinhas no Peru, Ilhas Canárias, Equador e Portugal .

No Brasil, em cidades como Porto Alegre, Guarujá, Praia Grande, Peruíbe, Fortaleza e Saquarema.

“Vamos chegar a 100 pranchas em breve”, estima.

Escolas

Hoje, Aranã se divide em duas frentes: a escola voltada para o público 50+ e para portadores de necessidades especiais.

Afinal, a localizada no Posto 2, na Pompéia,  conta com 400 alunos, sendo a metade acima de 50 anos.

Dessa maneira, as inscrições ocorrem em fevereiro e julho e a procura é crescente.

Aliás, tanto que existem planos para ampliação de vagas para este público em 2024.

Assim, os depoimentos de pessoas que mudaram radicalmente de vida após começarem a surfar empolgam Cisco.

“O mar cura tudo. A gente só faz uma ponte”, brinca.

Mesmo sentimento de prazer pelo trabalho desenvolvido na escola de surfe adaptado, no Posto 3, cujo primeiro passo surgiu em 2006 na confecção da primeira prancha adaptada.

Relatos

Hoje, os casos se multiplicam.

Assim, como os relatos de pais de menores e de praticantes com algum tipo de deficiência que emocionam o atleta.

Aliás, são grupos que utilizam pranchas adaptadas feitas por Araña e equipe.

“Os relatos das famílias são notáveis”.

Assim, com apoio da iniciativa privada por meio de uma Parceria Público Privada (Grupo Blue Med), Araña planeja ampliar as matrículas no próximo ano para a população acima de 50 anos e também aos jovens.

Manutenção

Além da manutenção por meio da iniciativa privada, a prefeitura, por meio da Semes, ajuda nos salários  dos profissionais.

Assim, outra fonte de recursos é por meio das emendas parlamentares, especialmente de vereadores.

E assim, com a união coletiva, Santos pode construir esta história e justificar este prêmio recebido.

Graças a Cisco Araña.

Aloha!

 

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