As histórias de sete ídolos do Santos F.C. e de um torcedor se misturaram nesta terça-feira (23), durante homenagem prestada pelo Museu Pelé em parceria com o Movimento Foot Fame. A calçada da fama do museu ganhou novos membros: Megálvio, Dorval, Coutinho, Pepe, Lima, Juary e Léo. Cada um deles deixou as suas pegadas em moldes de argila, que posteriormente darão forma às placas que ficarão expostas na galeria do museu.
“É uma responsabilidade e um prazer muito grande estar aqui ao lado de tantos ídolos. Hoje é um daqueles dias que eu vou guardar para sempre”, declarou o ex-lateral-esquerdo, Léo, o “caçula” entre os homenageados. Outro craque que não escondia sua satisfação era o ex-atacante, Juary. “Só tem fera aqui. Estou cercado pelos meus ídolos. Essa é uma satisfação que só o Santos me dá”.
Amigos
Sentados em banco, esperando calmamente pelo início da solenidade, cinco lendas do futebol mundial trocavam algumas ideias. Mais do que uma singela homenagem, era hora também de colocar o papo em dia. Se há 50 anos o entrosamento era dentro gramados, hoje em dia, a sintonia entres os cinco craques fica evidenciada nas opiniões.
“É gostoso encontrar os amigos. Enquanto a minha saúde deixar, pode chamar que eu venho”, brincou Mengálvio. Na mesma linha de pensamento, o “coringa”, Lima, comentou: “Estou aproveitando a oportunidade para rever meus companheiros”. Coutinho concordou: “A gente se vê muito pouco. Estarmos juntos é muito bom”.
Os dois aniversariantes da semana também deram suas impressões sobre o encontro. “Quero ser homenageado enquanto estiver vivo e ao lado deles”, declarou Dorval, que na sexta-feira (26) completará 81 anos. Apenas um dia mais velho, Pepe não deixou para menos. “Deus me deu a chance de fazer parte da melhor linha de atacantes da história e a gente sempre relembra aqueles momentos”.
O torcedor
O paranaense João Lacerda não faz aniversário nesta semana, como Dorval e Pepe, mas não é exagero dizer que ele foi o grande presenteado da tarde. Passeando com um amigo pelo Museu Pelé, o aposentado de 64 anos havia acabado de comprar a mistíca camisa 10 branca do Santos FC, quando soube que, naquele mesmo momento, estavam sendo homenageados muitos dos seus ídolos de infância.
“Comecei a acompanhar o peixe em 1962, ouvindo as partidas pelo rádio, no Paraná. Dali em diante, o Santos virou a minha paixão”, declarou Lacerda, que levará para sua casa, em Curitiba, algo que um dia poderá ser considerada uma relíquia. “Sempre sonhei em ter uma camisa do Santos, mas nunca imaginei uma com tantos autógrafos importantes. Foi uma grande sorte!”.