Ambulatório santista de endometriose já fez mais de 200 cirurgias | Boqnews
Foto: Divulgação/PMS

Saúde

08 DE MAIO DE 2024

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Ambulatório santista de endometriose já fez mais de 200 cirurgias

Santos é referência na Baixada Santista

Por: Da Redação

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Nesta terça-feira (7) comemora-se o Dia Internacional de Luta contra a Endometriose. Sendo assim, uma doença que não apresenta sintomas no início e cujo diagnóstico costuma ser tardio. Desse modo, levando muitas mulheres à incapacidade de realização de tarefas rotineiras e, em casos extremos, até à infertilidade.

Atendendo a um crescente número de diagnósticos e necessidade cirúrgica, a Secretaria de Saúde de Santos criou, em 2019, um fluxo específico para o atendimento a essas mulheres. Foi neste ano, ainda, criado o ambulatório de endometriose no Complexo Hospitalar dos Estivadores (CHE) que já realizou 204 cirurgias de endometriose desde então. O procedimento utiliza a técnica da laparoscopia, que é menos invasiva.

Importante lembrar que não foi um ganho apenas para a Cidade, como para toda a Baixada Santista. Parte do CHE tem custos pelo governo estadual, o que garante vagas para mulheres de outras Cidades, encaminhadas por meio do Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (Siresp). Das 204 cirurgias que ocorreram, 131 foram para santistas e 73 para pessoas de outros municípios.

A doença

O endométrio é a camada que reveste a parede interna do útero. A motivação da inflamação da endometriose é por células que, em vez de serem escoadas por via vaginal durante a menstruação, passam a se implantar nas regiões pélvicas (ovários, peritônio, bexiga e intestino). De acordo com o Ministério da Saúde, 10% das mulheres em idade reprodutiva apresentam endometriose, seja em estágio mais leve ou avançado. Os sintomas são cólicas menstruais mais frequentes, aumento do fluxo menstrual ou até infertilidade.

A ultrassonografia transvaginal identifica se há focos de endometriose na pelve. No entanto, há mulheres nas quais a doença está localizada fora do útero e do ovário, havendo necessidade de exames complementares para investigação como a ressonância pélvica, que mostrará se há comprometimento dos outros órgãos. Para casos iniciais de endometriose, o tratamento ocorre com o uso de medicamentos (pílulas anticoncepcionais ou remédios específicos, a critério médico). Quando a doença está em estágio que compromete a estrutura de outros órgãos como ovários, ligamentos de sustentação do útero, bexiga ou intestino, a recomendação é cirúrgica.

“A parceria da Prefeitura de Santos e do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz (ISHAOC) é um exemplo de respeito e cuidado com a população da Baixada Santista, sobretudo a população feminina que tem seu acesso ao tratamento de endometriose garantido, permitindo que a qualidade de vida destas mulheres possa ser restaurada”, afirma Caio Medina, gerente médico do ISHAOC, organização social responsável pela gestão do CHE.

A porta de entrada é a policlínica de referência do local de moradia. Havendo a suspeita diagnóstica, a paciente tem encaminhamento ao Instituto da Mulher e Gestante para confirmação ou descarte da suspeita. Em casos mais severos, há necessidade de intervenção cirúrgica.

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