Em menos de um mês no Brasil, o jogo conquistou pessoas de diversas faixas etárias
O Pokémon Go chegou ao Brasil no início de agosto e desde então é febre entre crianças, adolescentes e adultos. Isto pode ser facilmente observado em alguns pontos turísticos de Santos, como a Praça das Bandeiras, no Gonzaga, onde diariamente – faça chuva ou sol – grupos se concentram para capturar os famosos monstrinhos e também para participar das incansáveis batalhas virtuais.
O jogo é mais um dos aplicativos que entraram na lista dos prediletos dos brasileiros. Só pelo sistema Android já foram feitos mais de 100 milhões de downloads. Porém, na era digital, é necessário conhecer o que existe além do entretenimento na palma das mãos.
Um dos assuntos mais discutidos desde o lançamento do jogo no Brasil é a falta de privacidade, já que para estar inserido no Pokémon Go é necessário manter o GPS ligado a todo momento e também aceitar os termos de uso do mesmo, que muitas vezes não é lido por parte dos jogadores.
“Para jogar Pokemon Go você inicialmente tem duas opções: ou fazer seu cadastro pela plataforma dele ou entrar com sua conta do Google. De acordo com a política de privacidade do aplicativo, a Niantic, empresa que desenvolveu o jogo, pode coletar sua localização, mapeando os lugares que esteve, qual rota você costuma fazer, seu endereço de IP, entre outras coisas. Caso você escolha entrar com a conta do Google, a coleta de dados se estende ao acesso básico dos seus dados como, endereço de e-mail, as informações básicas do seu perfil e saber quem você é na rede do Google”, explica Danilo Costa, co-fundador da Mukutu Game Studio.
Um dos objetivos do jogo é a caça de pokemons. Depois de algumas fases, é possível participar de batalhas com outros jogadores
No entanto, essa coleta de dados não é exclusividade do Pokémon Go. Muitos outros programas, além de permitirem a exposição social por meio de fotos, depoimentos e relação de amigos, também conseguem absorver algumas informações contidas nos smartphones e tablets.
E, de acordo com Danilo, isto não torna os aplicativos perigosos. “As empresas não usam esses dados para fazer algum mal a você”, salienta.
A recomendação do profissional é que a pessoa sempre tenha ciência acerca dos aplicativos que baixa no celular, além de optar pelos de empresas confiáveis.