Casos de dengue aumentam em 2023 | Boqnews
Foto: Arte/Mala

Saúde

07 DE OUTUBRO DE 2023

Siga-nos no Google Notícias!

Casos de dengue aumentam em 2023

Região apresenta alta no número de casos de dengue, Guarujá é responsável por mais da metade dos novos casos

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

A dengue é uma doença que preocupa e a Baixada Santista registrou um aumento expressivo de casos em 2023, comparado ao mesmo período do ano passado.

Das nove cidades, quatro registraram a elevação (Guarujá, Itanhaém, Praia Grande e São Vicente) e três tiveram queda (Cubatão, Santos e Mongaguá).
Além disso, Bertioga e Peruíbe não responderam os números até o fechamento desta Reportagem.

Na soma de casos, excluindo os dois municípios que não passaram os dados, a Baixada Santista já tem 1.844 casos confirmados de dengue até setembro deste ano, contra 721, em 2022. (confira no quadro). Ou seja, alta de 155%.

Boa parte desta elevação deve-se ao município de Guarujá, que concentra 65% dos casos registrados na Baixada Santista este ano.

Já Santos foi a cidade que apresentou a maior queda ao período anterior. (de 313 no ano passado para 189 casos até o momento, com base no mesmo período pesquisado).
Nos casos de Cubatão, Mongaguá e São Vicente houve uma pequena variação, seja para menos ou mais.

Praia Grande e Itanhaém tiveram um aumento expressivo, mas não como Guarujá.

Guarujá

Os dados de Guarujá chamam a atenção. Só neste ano foram 1200 casos registrados, um dado que preocupa, sobretudo se comparar ao ano passado.

Dessa forma, quando ocorreram 56 casos até setembro e também na comparação com as demais cidades da região.

Afinal, o total de casos cresceu 21,5 vezes na comparação dos períodos.
Se colocar na matemática, a cidade registrou em média cerca de 133 casos de dengue por mês, no ano de 2023 – ou 4,4 casos confirmados por dia.
A coordenadora do controle de endemias da Prefeitura de Guarujá, Ana Lúcia Gama da Cruz, salienta que o Poder Público tem feito uma força-tarefa toda semana para agir contra a dengue.

No entanto, ela cita que uma parte da população não tem feito sua parte. “Muitos moradores não deixam os agentes entrarem na casa e assim não conseguimos fazer a vistoria e a orientação necessária.

Eu faço um apelo para que a população possa nos ajudar nesta questão, pois não pode deixar água parada”, ressaltou a coordenadora.

Além disso, Ana Lúcia enfatiza que os casos de dengue estão por todos os bairros da cidade, ou seja, não existe um local com uma concentração de vetores.
Questionada sobre o motivo do aumento tão alto no número de casos, a coordenadora ressalta algumas questões, como a água parada nas residências, algo que acontecia menos nos anos anteriores, já que as pessoas ficavam mais em casa por conta da pandemia e também pelo número de turistas na cidade, sobretudo em feriados.

Assim, se um turista for picado pelo mosquito Aedes Aegypti, ele vai procurar a unidade de atendimento de Guarujá.

Água parada

Causador da dengue, zika, chikunguya e febre amarela, o mosquito Aedes Aegypti se prolifera em ambientes de água limpa. Dessa forma, é fundamental não deixar água parada, seja em pneus, baldes, pratos, vasos ou potes. Vistoriar as calhas, a bandeja de água da geladeira e colocar areia na borda dos vasos de plantas,são outras dicas simples para afastar o mosquito.

Dessa forma, a população deve ficar atenta em casa e também denunciar locais que possam causar o crescimento de mosquitos Aedes Aegypti, como terrenos abandonados. Com a prevenção, os casos de dengue terão uma queda acentuada.

Vale destacar que a Baixada Santista já registrou surtos de dengue ao longo da última década.

Por conta disso, os hospitais registraram uma alta por procura de atendimentos, muitas vezes, as unidades de saúde não aguentaram tanta demora, resultando em um longo tempo de espera na consulta. Importante lembrar que a dengue mata. Desse modo, é fundamental ter atenção, principalmente em regiões como a Baixada Santista, onde o índice de chuva é constante ao longo do ano.

Sintomas

Os sintomas da dengue incluem febre alta (superior a 39°C), dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular e nas articulações, manchas vermelhas na pele e, em alguns casos, náuseas e vômitos.

O médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e professor da Medicina UNAERP Guarujá, Leonardo Weissmann destaca que qualquer pessoa com suspeita de dengue deve procurar um hospital.

“O tratamento precoce não apenas alivia os sintomas, mas também ajuda a prevenir complicações. É importante destacar que pessoas que tiveram dengue no passado correm um risco aumentado de complicações, tornando a avaliação médica ainda mais crucial nesses casos”, ressalta Leonardo.
O médico ainda detalha que em casos mais graves a pessoa pode sentir uma dor forte na barriga, apresentar vômitos persistentes, ter sangramentos graves, ficar confusa, com dificuldade para respirar e, em casos mais sérios, desenvolver a Síndrome de Choque da Dengue, o que pode levar a problemas graves nos órgãos.

Tratamento

Vale destacar que não existe um tratamento específico para o vírus da dengue.
“Nos casos dessa doença, a abordagem se concentra em aliviar os sintomas e garantir a recuperação. Recomenda-se repouso adequado, hidratação e o uso de medicamentos para tratar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos, por exemplo, dipirona e paracetamol”, salientou

Vacina

A vacina contra a dengue está cada vez mais perto de se tornar realidade no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou vacina contra a dengue em março, mas o representante do Ministério da Saúde explicou que ainda levará um tempo para ela estar disponível para a população.
A previsão é que a vacina esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) em um ano e meio.

Casos de dengue aumentam em 2023

Região apresenta alta no número de casos de dengue, Guarujá é responsável por mais da metade dos novos casos

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.