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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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11 DE OUTUBRO DE 2023

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Entenda como os brinquedos podem auxiliar na formação das crianças

Excesso de brinquedos podem ter impactos negativos no desenvolvimento infantil

Por: Vinícius Dantas
Da Redação

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Nesta quinta-feira (12), comemora-se o dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, mas também o Dia das Crianças.

Sendo assim, o Decreto nº 4.867 de 5 de novembro de 1924 sancionou a data como o “dia de festa da criança”, uma importante data que celebra o dia dos pequenos, além de lembrar todo o cuidado e educação que necessitam. Além de recordar também do presente que eles ganham.

O ponto principal que agita o comércio são os brinquedos. Para ter noção, segundo a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, os valores das compras neste ano devem se aproximar dos R$ 19 bilhões.

Além disso, em média, os consumidores planejam comprar 2,3 presentes e gastar cerca de R$ 343 nas compras. Porém, a compra dos brinquedos ou qualquer presente que seja tem um significado para a criança, mas é importante saber o que é melhor para eles no conceito de desenvolvimento físico e mental.

Brinquedo

Segundo o professor Leomarcio Silva, o brinquedo é algo que na educação infantil é utilizado para estimular habilidades cognitivas e motoras.

Assim como trabalhar e explorar a criatividade da criança e a sua socialização. Com o brinquedo, a criança pode aprender a fazer trocas e regras básicas de convivência. “A educação em si oferece o conhecimento, habilidades e valores fundamentais para o crescimento saudável e o aprendizado das crianças. Os brinquedos e a educação são essenciais para o desenvolvimento da educação infantil. Não podemos pensar apenas no papel, pensar que a criança fosse somente a cabeça. Ela tem um corpo e com o brincar ela se desenvolve de forma integral”.

Tecnologia

O professor também aborda sobre como a educação e os brinquedos digitais podem fazer parte do cotidiano dos alunos. A educação e brinquedos digitais podem fazer parte dos alunos a partir de idades pré-escolares, por exemplo, na Educação Infantil, a partir dos 4 anos.

Contudo, ressalta, sempre de forma gradual, tendo a supervisão de um adulto que possa filtrar o que está sendo utilizado, observando a finalidade. Ele também comenta se existe uma recomendação etária para os brinquedos. “Como professor de Educação Infantil, hoje eu enxergo a importância do brinquedo, o ato de brincar estimula o desenvolvimento cerebral, promovendo crescimento de habilidades cognitivas, emocionais, sociais e motoras nas crianças. Algo que para nós, adultos, olhamos e parece ser apenas uma distração, ali ela está desenvolvendo bastante”.

Telas

Existe também um questionamento sobre qual é o modelo melhor para as crianças: a interação de aulas com telas ou o tradicional giz e lousa? De acordo com o professor, ele enxerga como algo favorável a interação com telas durante as aulas, até porque não deve-se isolar os pequenos da realidade do mundo atual. “A tecnologia precisa ser utilizada com consciência. Em sala de aula procuro utilizar tecnologia para diversificar forma do estimulo. Quando eu estou trabalhando alfabeto e torno isso uma rotina, eu procuro apresentá-lo de várias formas, como libras para que eles possam fazer gestos do que estão falando e fixem melhor o conteúdo”.

O professor diz que usa jogos digitais, até mesmo com o site Wordwall, onde várias atividades são transformadas em games e isso aumenta o engajamento dos alunos. “Eu defendo o uso moderado e adequado da tecnologia, não posso utilizar como algo para distrair e sem intenção”.
Contudo, Silva também recorda que a lousa digital permite ampliar a forma de apresentar o conteúdo, já que antes dependia da habilidade do professor fazer ilustrações para os alunos compreenderem algum conceito. Ele afirma que com a lousa digital consegue conversar com eles, dar explicações sobre novos conceitos e mostrar exemplos por meio de vídeos. Portanto, um recurso adicional, algo que pode fixar bastante o que está sendo dito.

Leitura

Sobre os textos lidos ou escritos, Silva conta que procura priorizar, escrever a informação na lousa, com letras compatíveis para o entendimento da faixa etária. “No caso da Educação Infantil, nós utilizamos a letra bastão, o primeiro símbolo que eles vão interiorizando, assimilando que aquela escrita possui som que significa algo. É algo que procuro não substituir por digitações. Enquanto estou escrevendo algo, eles estão prestando atenção na forma que eu escrevo, qual traço vai primeiro. Quando for entregar uma folha no papel, eles vão ter uma noção e orientação por onde começa a escrita das letras”.

Desenvolvimento emocional

De acordo com o psicólogo cognitivo comportamental especializado na infância e adolescência Marcelo Marques de Oliveira, os brinquedos possuem um papel fundamental no desenvolvimento infantil, realizando experiências valiosas.

Eles estimulam a imaginação, proporcionam habilidades motoras, ajudam na compreensão de conceitos como causa e efeito, e auxiliam a aprendizagem social ao possibilitar a interação com outros. Os brinquedos servem como expressão emocional e fornecem oportunidades para a criança experimentar, descobrir e criar, contribuindo para um desenvolvimento global.

Além disso, ele alerta que excessos ou escolhas inadequadas de brinquedos podem ter impactos negativos no desenvolvimento infantil. Brinquedos que limitam a imaginação, promovem comportamentos agressivos ou são excessivamente direcionados e podem ser prejudiciais. Assim como muitos brinquedos podem dificultar a concentração e o desenvolvimento da paciência.

Ele recomenda a supervisão dos pais e a observação atenta às necessidades individuais da criança. Uma forma de equilibrar é incluir tanto brinquedos tecnológicos quanto tradicionais. Por exemplo, incentivar atividades ao ar livre, jogos de tabuleiro e interação social podem complementar o uso de dispositivos tecnológicos, promovendo um desenvolvimento mais abrangente.

Quais brinquedos?

O psicólogo indica que os melhores brinquedos são aqueles que são adequados ao estágio de desenvolvimento da criança. Para bebês, modelos sensoriais e coloridos são ótimos, já crianças maiores podem brincar com um quebra-cabeças, jogos que estimulam a imaginação e brinquedos que incentivam a atividade física. Livros também são bons para todas as idades, promovendo a linguagem e a cognição.

Portanto, o objetivo é oferecer variedade, segurança e considerar os interesses individuais da criança.

Autismo

Dessa maneira, Marques também aborda sobre os presentes recomendados as crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista). “Crianças com autismo frequentemente se beneficiam de brinquedos que estimulam os sentidos e apoiam suas necessidades sensoriais. Brinquedos táteis, como massinhas e texturas variadas, podem ser úteis. Jogos que promovem a interação social, como quebra-cabeças e jogos de imitação, também são valiosos.
Brinquedos que incentivam a comunicação, como livros interativos e jogos que trabalham habilidades sociais, também podem ser incorporados.
No entanto, é essencial observar as preferências individuais da criança, pois a diversidade nas escolhas de brinquedos é importante, considerando o espectro do autismo”.

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