O estado São Paulo registrou a perda de 565,2 mil postos de trabalho no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2015. Segundo pesquisa divulgada hoje (21) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a retração significou uma queda de 4,4% nos empregos com carteira assinada, que, no fim de março, totalizavam 12,2 milhões de postos. A situação não foi diferente na Região Metropolitana da Baixada Santista.
Responsável por 2,9% do total de empregos formais no Estado, a região perdeu 9.813 postos de trabalho no primeiro trimestre, ou seja, 108 empregos foram extintos por dia nos primeiros três meses do ano nas nove cidades da região.
Assim, ao final do primeiro trimestre, existiam na Baixada Santista 355.190 empregos, 2,7% a menos que no registrado no 4º trimestre de 2015. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, o estoque caiu em 6,2%, com a eliminação de 23.503 postos de trabalho, ou seja, na comparação do primeiro trimestre de 2015 para o mesmo período de 2016 houve uma redução diária de 258 empregos.
Por segmentos, o setor de serviços sofreu o maior impacto, com 41% do total de empregos perdidos, especialmente em áreas administrativas. Na comparação com o mesmo trimestre de 2015, o setor responde por 50,5% do total de empregos perdidos., com uma variação negativa de 5,1% na comparação entre os trimestres.
No Estado
A indústria de transformação foi a que mais fechou vagas. Nos primeiros três meses do ano, o número de empregados no setor caiu 8,7%, com a redução de 225,3 mil postos de trabalho. A indústria metal-mecânica foi a mais afetada, com uma retração de 12,7%, representando o corte de 126,8 mil empregos.
A construção civil registrou queda de 10,3% no nível de emprego no estado, com a eliminação de 81 mil vagas. Na relação com os três primeiros meses de 2015, o setor de serviços teve queda de 2,7% no número de empregados no trimestre, o que representa o fechamento de 167,6 mil vagas.
Grande São Paulo
Na região metropolitana de São Paulo, que concentra 52,9% do mercado de trabalho paulista, foram fechados 311,5 mil postos na comparação entre os primeiros trimestres de 2016 e 2015. Isso representou queda de 4,6% no nível de emprego na região.
No período, a construção civil registrou queda de 10,6% no número de trabalhadores na Grande São Paulo, com a perda de 49,4 mil vagas. A indústria de transformação reduziu em 9,3% a quantidade de postos na região, o que significou a eliminação de 94,4 mil vagas.