A despeito dos riscos cada vez maiores de racionamento de água no País, fato que já ocorre em algumas regiões brasileiras, como a Grande Curitiba, a Baixada Santista, não corre este risco.
Pelo menos, por enquanto.
A explicação é da superintendente regional da Sabesp, engenheira Olívia Pompeu de Mendonça Coelho.
Ela participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias desta quarta (14), onde explicou o atual cenário regional sobre abastecimento.
“Hoje o nosso cenário é de controle”, destacou.
Ela destacou que a situação atual no volume de água nos mananciais da região está melhor que no ano passado.
No entanto, não é motivo de comemorações.
“O processo é dinâmico, pois muda conforme o volume de água e consumo da mesma”, enfatizou.
Por exemplo, a previsão é de índices pluviométricos mais baixos nos próximos meses, algo comum durante o inverno.
Mas o cenário pode se agravar, dependendo de outros fatores, como os índices pluviométricos e consumo exacerbado do líquido por parte da população.
“Estamos monitorando os mananciais diariamente”, destacou.
Investimentos
A superintendente regional explicou que a empresa prevê investimentos de R$ 5,8 bilhões em obras de água e saneamento na Baixada Santista nos próximos 30 anos.
Entre os projetos em andamento estão a implantação de 15 quilômetros de novas redes de distribuição e adutoras na Zona Noroeste, em Santos (SP).
Os investimentos chegam a R$ 16 milhões.
A obra deverá ser entregue até o final deste ano.
E ainda: mais R$ 11,7 milhões investidos na reformulação e implantação de dois quilômetros de adutoras no bairro do Marapé, na Zona Leste de Santos.
Por sua vez, esta obra deve ser concluída até o final do primeiro semestre de 2022.
Olívia também destacou que estão programados investimentos na ordem de R$ 46 milhões na ETA Mambu-Branco, em Itanhaém.
A obra permitirá ampliação da capacidade no local.
Assim, passando de 1.600 litros/segundo para 3.200 litros/segundo.
E ainda a instalação de novos centros de reservação – espécie de caixas d’água gigantes.
Assim, elas serão instaladas em Bertioga, Guarujá, Santos, Itanhaém e Peruíbe.
Além disso, outros R$ 4 bilhões serão investidos até o final do programa Onda Limpa.
Hoje está obra está na segunda fase (de um total de 3), com prazo de término em 2023.
Projeto palafitas
Dessa forma, Olívia também confirmou que as discussões estão sendo feitas entre a equipe técnica da Sabesp e da Prefeitura a respeito do Projeto Palafitas.
“Estamos avaliando de forma técnica e financeira a viabilidade da proposta”, adiantou.
Por sua vez, o projeto prevê reformulação – em projeto-piloto – no Dique da Vila Gilda, localizado na Zona Noroeste.
Portanto, a Prefeitura pretende reorganizar as atuais moradias construídas sobre o mangue, edificadas de forma irregular.
Cerca de 20 mil pessoas convivem com a falta de saneamento básico e abastecimento oficial de água.
Assim, o objetivo é reformulação do espaço, com sua urbanização e implantação de coleta de água e esgoto, mas mantendo os moradores no mesmo local.
No entanto, as propostas entre Sabesp e Prefeitura estão em estágio inicial.
Programa completo
Dessa forma, confira o programa completo, que contou também com a participação do professor-doutor Paulo Lício de Geus, da Unicamp.
Na pauta, a discussão sobre auditoria do voto impresso.