Confira a tendência do eleitorado para a Prefeitura e a Câmara de Santos | Boqnews
Palácio José Bonifácio, sede da prefeitura de Santos. Foto: Fernando De Maria

Pesquisa Enfoque

05 DE SETEMBRO DE 2020

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Confira a tendência do eleitorado para a Prefeitura e a Câmara de Santos

Em meio à pandemia e com o desemprego em alta, disputa eleitoral ainda não empolga eleitores, conforme pesquisa Enfoque

Por: Fernando De Maria

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Faltando pouco mais de dois meses para as eleições municipais em 15 de novembro, a pandemia que atinge o mundo e o Brasil, vice-líder em mortes, afasta o interesse das pessoas sobre o pleito.

Esta é uma das conclusões da nova pesquisa Enfoque/Boqnews com nomes de eventuais pré-candidatos à Prefeitura de Santos.

O prazo para homologação das chapas e nomes dos postulantes se encerra no próximo dia 16, conforme a Justiça Eleitoral.

Somente em Santos são 572 mortes pelo Covid-19, conforme dados da Prefeitura, até a última quinta (3) ou 633 óbitos conforme informações do Portal de Transparência do Registro Civil.

Oficialmente, são quase 19 mil casos confirmados na Cidade, número, porém, bem maior em razão dos assintomáticos.

Não bastasse, o aumento do desemprego tem relação direta com o desinteresse sobre o assunto. Conforme o IBGE, no Brasil os desocupados chegam a 12,8 milhões, além de 5,7 milhões de desalentados.

O Sudeste tem a segunda maior taxa de desocupação (13,9%).

Assim, apesar do assunto estar na pauta entre os políticos, o desinteresse do eleitorado é evidenciado – pelo menos até o momento.

Apenas 56,8% dos eleitores entrevistados afirmaram que votarão em novembro. Outros 14,5% não votarão e 22,7% ainda não definiram. Em 2016, 23,66% (pouco mais de 80 mil) não compareceram às urnas.

O próprio TSE – Tribunal Superior Eleitoral já garantiu que eleitores do grupo de risco (acima de 60 anos) não serão obrigados a votar.

 

Pesquisa eleitoral

Pela pesquisa, 21% dos entrevistados entre 60 a 69 anos já disseram que não votarão e 22,8% acima de 70 – que já não são mais obrigados – farão o mesmo.

Não bastasse, chama a atenção os índices de desconhecimento dos eleitores sobre os nomes dos pré-candidatos. E a situação fica ainda mais latente ao comparar com a pesquisa Enfoque/Boqnews realizada em agosto/16 – a dois meses das eleições da época.

Na espontânea, 74% disseram na atual pesquisa não saber em quem votarão para prefeito (55,3% em 2016) e outros 11,9% afirmaram que anularão o voto.

E mesmo com a apresentação do disco com os nomes dos pré-candidatos (estimulada) os índices seguem elevados: 43,1% continuam não sabendo em quem votar (37% em 2016); 22,9% não apontaram qualquer nome; e 5,2% asseguraram que anularão o voto.

No tocante aos vereadores, na atual pesquisa 78,5% também desconhecem em quem votarão (eram 54,3% em 2016) e 15,1% afirmaram que anularão.

 

 

Cenário

Dessa forma, sem participação de ex-prefeitos e provavelmente sem uma candidata mulher – algo que não ocorre desde 1992 – o nome que acaba com ligeira vantagem na atualidade é o do candidato governista, Rogério Santos (PSDB).

O pré-candidato, ‘abençoado’ pelo prefeito Paulo Alexandre para sucedê-lo, foi beneficiado com as desistências e apoios dos deputados Kenny Mendes (Progressistas) e Rosana Vale (PSB), ambos líderes das pesquisas até então. Eles apoiarão Santos.

Aliás, um amplo arco partidário está sendo costurado pelo prefeito visando o apoio ao candidato governista, o que garantirá maior tempo de exposição no horário eleitoral gratuito de rádio e TV.

E assim, Santos se tornará mais conhecido do público.

Por sua vez, em razão do elevado número de indecisos, há espaço para crescimento de outras candidaturas ao longo das campanhas que serão iniciadas no próximo mês.

Situação semelhante ocorre no Legislativo, onde também é elevado o número de indecisos. Por sua vez, fica claro que – em razão do distanciamento social – os atuais edis levarão vantagem. Pelo levantamento, dos 14 mais citados, 10 são vereadores na atualidade.

 

Avaliação

Portanto, a pesquisa também apurou a popularidade dos governos Jair Bolsonaro, João Doria e Paulo Alexandre.

Assim, a despeito de ter recebido 71,35% (168.843 votos dos santistas), a imagem do presidente anda desgastada.

Afinal, 53,5% desaprovam seu governo e 44,6% o classificam como ruim/péssimo contra 35% de ótimo/bom.

O governador João Doria também enfrenta certa resistência junto ao eleitorado, mas tem ganho popularidade.

Sua desaprovação junto aos santistas chega a 46,1% contra 41,2% de aprovação. Já 32% dos eleitores classificam seu governo como ótimo/bom e 33,2% como ruim/péssimo.

Números, portanto, dentro da margem de erro.

No sentido inverso está o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, que obteve 70,6% de aprovação ao seu governo, com 60,9% de conceitos ótimo e bom e 15,4% de ruim e péssimo, reforçando um crescimento expressivo nesta reta final de campanha.

Fato, aliás, que poderá ser preponderante em uma eleição onde o desinteresse do eleitorado é latente.

Pelo menos até o momento.

 

 

Dados técnicos

 

Pesquisa pela realizada pela Enfoque Comunicação / Jornal Boqnews com 805 eleitores de Santos, entre 30/8 a 2 de setembro/20.

Margem de erro: 3,45 pontos percentuais para mais ou menos.

Registro: Tribunal Superior Eleitoral (SP) – 00609/2020.

Confira os resultados completos em www.boqnews.com/pesquisas e também em facebook.com/JornalBoqnews

 

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