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20 DE MARÇO DE 2009

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Em busca de novas fontes

No Dia Mundial da Água, comemorado neste domingo (22),o uso consciente desse bem é a maior preocupação de ambientalistas. Congressos, encontros e palestras visam conscientizar as pessoas sobre o uso racional e encontrar meios de administrar melhor a distribuição e o uso.  Em fevereiro, o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, publicou um relatório […]

Por: Da Redação

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No Dia Mundial da Água, comemorado neste domingo (22),o uso consciente desse bem é a maior preocupação de ambientalistas.

Congressos, encontros e palestras visam conscientizar as pessoas sobre o uso racional e encontrar meios de administrar melhor a distribuição e o uso.  Em fevereiro, o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, publicou um relatório com alertas sobre o risco que o mundo corre com a possível falta de água doce. Atualmente, cerca de um terço da população mundial tem problemas relacionados à água.

O não esgotamento das mananciais naturais é a principal preocupação. Estimam-se que 260 bacias fluviais, no mundo,  são compartilhadas por dois ou mais países.

O Rio Danúbio é explorado por 14 países, o Nilo por 11 e o Amazonas, por nove. Quando os rios ficarem menos caudalosos (ou porque as chuvas mudaram ou em razão do gelo das montanhas que os alimentava ter derretido) a disputa pela água poderá aumentar ainda mais.

Na região, a situação não é diferente. As nove cidades que compõem a Baixada Santista também têm apresentado crescimento populacional nos últimos anos. Com esse aumento, surge a necessidade de explorar novas mananciais para a captação do líquido.

Consumo
Com cerca de 420 mil  habitantes,  Santos é a cidade mais populosa da Baixada Santista, logo, a que apresenta o consumo de água mais elevado: aproximadamente 100 milhões de litros consumidos por dia.

Desse montante, a grande maioria é destinada aos bairros mais adensados, localizados na Zona Leste da Cidade. “Os bairros que estão próximos à praia, como, por exemplo, o Boqueirão, Embaré, Gonzaga, Ponta da Praia, são os que consomem mais, pois a maioria da população mora nessa área ”, diz o superintendente da Sabesp, Reinaldo Young. 

Apesar do crescimento imobiliário que Santos tem se deparado nos últimos anos, o superintendente garante que o consumo de água per capita não subiu. “Há 20 anos uma residência com quatro pessoas consumia 17 a 19 mil litros de água por mês, hoje, varia de 14 a 15 mil” comenta. Essa análise é feita pela micromedição, que são os valores obtidos pelos hidrômetros instalados nas residências.

Young acredita que o declínio é decorrente da conscientização e equipamentos hidráulicos que são mais modernos, como as válvulas de expressão e caixas acopladas ao vaso sanitário. “Assim como a população, o sistema também cresce, logo, o consumo de água. Porém, especificamente nas habitações, individualmente, ele vem decrescendo”, analisa.

O aumento de consumo de água nas cidades é resultado do crescimento vegetativo, que é o aumento natural da população. Por isso, algumas cidades da Baixada Santista, apresentaram uma variação maior de consumo nos últimos anos, como Itanhaém, Bertioga e Praia Grande. “O consumo nessas regiões tem sido mais acelerado, graças ao adensamento populacional”, diz.

Projetos 
Reduzir a dependência de uma única fonte natural é a preocupação atual. Hoje, a água tratada consumida em Santos, São Vicente, Cubatão e parte de Praia Grande e Guarujá é proveniente do Rio Cubatão. “Como a utilização desses mananciais é permanente, a prioridade é diminuir a área de influência do Rio Cubatão para o Litoral Sul, ou seja, ter condições de abastecer essas cidades com outros mananciais”, explica.

O Sistema Jurubatuba é um dos projetos que visa criar a captação de água proveniente de outra fonte natural. Os rios Jurubatuba e Jurubatuba Mirim, em Guarujá, seriam os responsáveis por atender o Município nos próximos 20 anos. “A Estação de Tratamento Jurubatuba  está em fase de contratação por meio de processo licitatório. O vencedor dessa licitação deverá executar a obra em 30 meses”, diz.

O superintendente acrescenta que cerca de 900 mil pessoas serão atendidas com o novo projeto.  Outra proposta é a do sistema  Mambú-Branco, que visa captar água do Rio Branco, em  São Vicente, e do Rio Mambú, em Itanhaém , para melhorar o abastecimento das cidades de Itanhaém, Peruíbe, Praia Grande e São Vicente.

Além da captação de água, o projeto compreende a execução da estação elevatória de água bruta do Rio Branco, Estação Elevatória de água tratada Melvi e Centro de Reservação Melvi.

Segundo Young, a implantação do Sistema, aumentará a oferta de água e beneficiará os municípios de Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e São Vicente (área continental) e indiretamente a cidade de Santos, São Vicente (ilha) e Cubatão.

Desperdício
A conscientização do uso racional da água é de fundamental importância. Young comenta que o banheiro é o principal local de desperdício nas residências. “Ele é o foco de combate, pois é o responsável por grande parte do consumo”, relata.  “Os banhos demorados, as torneiras abertas e o sistema antigo de descarga são os vilões”, aponta.

Alguns bairros antigos da Cidade, como o Centro, também se enquadram na análise da Sabesp como principais formas de desperdício. “As redes são muito antigas e mais propícias aos vazamentos”, complementa.

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