A Avenida Moura Ribeiro, no bairro do Marapé, em Santos, se tornou ponto de encontro para adolescentes.
Entretanto, a desordem causada pelos garotos até mesmo em período de isolamento social causam perturbação para quem reside no local.
Segundo moradores, que preferem não se identificar, o grupo, formado por cerca de 20 jovens, faz algazarra.
Nos finais de semana, mais jovens acabam se reunindo no local.
“Moro aqui há 21 anos, criançada na rua sempre teve, mas esses extrapolam o limite. Muitas vezes ficam até a madrugada”, relata uma moradora que não quis se identificar.
Confusão
Há mais de um mês, os moradores estão reclamando do comportamento dos jovens que chegaram a soltar bombas na rua.
Além de colocar som alto durante a noite.
Assim, a polícia é chamada constantemente, mas como são menores pouco há de se fazer.
E os problemas retornam.
O estopim da confusão ocorreu no último domingo à tarde (16) quando a polícia novamente foi acionada após um jovem tentar pular o muro e invadir um condomínio para buscar uma bola de futebol.
A confusão aumentou quando um dos moradores desceu do prédio para tirar satisfação com os meninos que provocavam e o ofenderam, revoltado ele espalhou vidros pela rua
José da Silva estava presente e afirmou que nenhum dos garotos reside na rua.
“Eu não sou morador, mas sempre venho visitar minha família que mora aqui há anos. Conheço bem a vizinhança e sei que nenhum dos garotos mora aqui na rua”, lembra.
“Na quarta-feira (12) parecia uma festa, com música alta, um monte de gente jogando futebol. Nem parece que estamos vivendo uma pandemia, eles poderiam buscar outro lugar para fazer baderna em frente à casa deles, por exemplo ”, conta.
Os policiais orientaram os moradores e os jovens.
Contudo, após a polícia deixar o local, a gritaria retornou e dessa vez bem em frente ao condomínio onde a confusão ocorreu.
Lei do Silêncio
O artigo 42 da Lei Federal das Contravenções é claro: qualquer cidadão brasileiro está sujeito a multa, ou reclusão de quinze dias a três meses, ao perturbar o sossego alheio com gritaria e algazarra.
Mas como todos são menores de idade, nenhuma ação ate o momento foi realizada.
Foto e texto: Fernanda Paes