Em razão da confirmação de dois casos de chikungunya no Macuco, cerca de 500 imóveis do bairro receberão, na próxima segunda-feira (22), a partir das 9h, aplicação de inseticida para combater o mosquito Aedes aegypti.
Os imóveis ficam no entorno das residências de duas pessoas que testaram positivo para a doença transmitida pelo Aedes. O mesmo da dengue, zika e febre amarela urbana.
Em caso de mau tempo, a ação será transferida para outra data.
Neste sábado (20), os moradores foram orientados sobre a nebulização pela equipe de Informação, Educação e Comunicação (IEC), da Secretaria Municipal de Saúde.
A aplicação do inseticida será feita em 13 quadras, no trecho compreendido pela Travessa Particular Rinaldi; Rua Bezerra de Menezes, Rua Irmão Gondulpho, Rua Japão e Avenida Almirante Cóchrane.
Para a nebulização da área, os agentes da secretaria orientam os moradores para saírem de suas residências por 30 minutos, desde a aplicação do inseticida.
Outros cuidados a serem tomados são: deixar portas e janelas abertas, guardar em local fechado ou manter coberto alimentos, água e utensílios domésticos, e retirar roupas do varal. Bebedouros de animais, gaiolas de passarinhos e aquários têm de estar cobertos ou guardados em locais fechados.
Santos registrou 13 casos de chikungunya, outros 11 de dengue este ano – e nenhum de zika.
O último registro de febre amarela urbana data da década de 1940.
Os registros de chikungunya foram no Centro (três casos), Macuco (dois), Aparecida (dois).
No Rádio Clube (dois) e um no Morro da Penha, Paquetá, Embaré e Ponta da Praia.
Quanto à dengue, foram três casos registrados no Rádio Clube e um em cada um dos seguintes bairros: Ponta da Praia, Caneleira, Vila Belmiro, Alemoa.
E também no Morro São Bento, São Manoel, Boqueirão e José Menino.
Alerta
“A parceria entre o Poder Público e a população se faz necessária para amenizar um problema de saúde pública grave no País”, destaca a chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras. “A chikungunya é uma doença altamente debilitante. A proliferação do Aedes só será minimizada com a consciência de manter quintais, terrenos baldios e outros espaços limpos e conservados”.
A chefe da Seção de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde, Letícia Schleder, faz um alerta.
“A nebulização é importante porque mata o mosquito adulto. Mas os moradores têm de estar atentos para possíveis criadouros das larvas do Aedes e, quando encontrá-los, eliminar estes pontos com produtos alternativos como sal grosso ou cloro”.
Bloqueios
A seção já realizou bloqueios do controle de criadouros (vistoria em áreas como ralos e vasos de plantas com pratos, por exemplo) no Centro, Rádio Clube, no Estuário (11 quadras) e na Ponta da Praia (16 quadras).
Estuário e Ponta da Praia também foram alvos de nebulização (aplicação do inseticida com máquina costal).
Segundo a chefe técnica da seção, Ana Paula Favoreto, outra ação está sendo estudada para o Rádio Clube.
Além destas ações, sete mutirões foram realizados este ano – seis em bairros da Orla e um no Macuco, que resultaram na eliminação de 759 criadouros do Aedes