Após quase 50 anos, Medicina Unilus perde parceria com Hospital Guilherme Álvaro | Boqnews
Foto: João Pedro Bezerra

Polêmica

18 DE JANEIRO DE 2022

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Após quase 50 anos, Medicina Unilus perde parceria com Hospital Guilherme Álvaro

Parceria entre hospital Guilherme Álvaro e instituição foi firmada em 1973. No novo edital, faculdade ficou em terceiro lugar.

Por: Da Redação

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Estudantes de Medicina do Centro Universitário Lusíada (Unilus) realizaram uma manifestação na tarde desta terça-feira (18) em uma das entradas do Hospital Guilherme Álvaro (HGA) na Rua Oswaldo Cruz, no Boqueirão.

O motivo é que os estudantes estão impedidos de acessar o hospital-escola onde atuavam até o início deste ano, em razão do término do convênio da instituição com o HGA.

O hospital abriu edital para participação de instituições de ensino superior – curso Medicina – para fins de estágio (internato).

De acordo com a resolução SS-88, de 8 de junho de 2021, teriam prioridade para as vagas as universidades públicas, seguido pelas privadas sem fins lucrativos – critério em que as três participantes se enquadram – e, por fim, as privadas com fins lucrativos.

A primeira colocada foi a Unaerp – Guarujá, seguida pela Unoeste – Guarujá e a Lusíada – Santos ficou na terceira colocação.

Como as vagas eram limitadas a 200, a Unaerp optou por ficar com 165 e a Unoeste, com as 35 restantes.

Dessa forma, com o fim do convênio, os estudantes da Lusíada não podem mais entrar no hospital para exercer suas atividades acadêmicas.

Assim, os alunos querem esclarecimentos e transparência da instituição em relação ao fim da parceira com o Hospital Guilherme Álvaro, que era o local de estágio dos estudantes.

Ao todo, eram 25 mil atendimentos mensais que contavam com a participação dos alunos da Unilus, conforme divulgação da própria instituição.

Estudantes se concentraram em uma das entradas do HGA/Foto: João Pedro Bezerra

História

O Hospital, que pertence ao Governo do Estado de São Paulo, tinha um convênio firmado com a Unilus desde 1973.

O fim do convênio trouxe um sentimento de tristeza e preocupação para os alunos.

De acordo com a estudante de Medicina Gabriela Giovanettii, o maior medo é em relação ao futuro.

“O ano letivo vai começar e não sabemos em qual hospital teremos estágio, agora vamos buscar nossos direitos”, citou a estudante.

Para Vitor Kammer, as explicações por parte da universidade começou recentemente.

“Estamos realizando a manifestação para chamar a atenção do que está acontecendo com os alunos”, frisou Vitor.

Aluna do 4º ano de Medicina, Catherine Soares teme os reflexos da situação aos estudantes.

“Nós temos vínculo com o HGA há praticamente 50 anos e é devida a nossa ligação que hoje ele é um hospital-escola”, enfatizou.

O ato

A manifestação também contou com a presença de ex-alunos e professores, como o infectologista Marcos Caseiro.

“Sou formado aqui,  dou aula há 32 anos na universidade e gostaria de saber os critérios que foram estabelecidos no edital”, citou Caseiro.

Os estudantes levaram diversos cartazes e fizeram manifestação e passeata pela rua Oswaldo Cruz.

Além disso,  os alunos criaram uma conta no Instagram 

Na rede social, eles promoveram a organização do ato.

Protesto contou com diversos cartazes/Foto: João Pedro Bezerra

Secretaria de Saúde do Estado

Em nota, a Secretária de Saúde de São Paulo informou que que a Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) – Campus Guarujá foi selecionada para realização dos estágios em Medicina, entre os períodos de 2022 a 2026, após processo seletivo, estruturado dentro das normas estabelecidas pela Coordenadoria de Recursos Humanos da unidade.

“O hospital reitera ainda que a abertura do edital para escolha da universidade foi disponibilizada para todas as instituições de ensino, incluindo as públicas e privadas. Foi realizada uma análise criteriosa seguindo todas as exigências solicitadas para seleção. Os estudantes que estavam estagiando no hospital serão remanejados pelo gestor anterior para outras unidades para conclusão dos seus estágios”.

Unilus

Ao longo do dia, a Reportagem entrou em contato com a Unilus por várias ocasiões.

No entanto, a instituição só informou que os membros das universidades estavam em reunião.

 

 

 

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