Oferta de alimentos, acesso e abrigo são os principais fatores que permitem a proliferação dos pombos nas cidades. No ambiente portuário, esses itens merecem ainda mais atenção, devido à movimentação de grãos e locais que não passaram por adequações para evitar o abrigamento dessas aves.
Recentemente foi firmada uma parceria entre a Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses da Prefeitura de Santos (Sevicoz) e a Codesp para o desenvolvimento de ações conjuntas voltadas ao controle populacional dos pombos. A primeira ação prática ocorreu na manhã desta terça-feira (20) em palestra realizada no Centro de Treinamentos da Codesp para cerca de 50 representantes de terminais portuários, da própria autoridade portuária, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Prefeitura.
Foram dadas informações a respeito do comportamento dos pombos, doenças que transmitem e de que forma evitar sua proliferação. O objetivo é que os profissionais se tornem multiplicadores da informação em seus locais de trabalho. A chefe do Departamento de Vigilância em Saúde da Prefeitura, Márcia Sucomine, destacou as doenças transmitidas pelos pombos, bem como as formas de transmissão e tratamento, salientando que é necessária muita atenção na limpeza de fezes e manejo das aves para não se contaminar.
Visitas
Mensalmente, uma equipe da Sevicoz fará vistoria nos terminais portuários junto com a Anvisa, Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e Codesp para verificar situações que favorecem a permanência dos pombos, como também orientar quanto às adequações que precisam ser realizadas. Depois, uma nova visita é realizada para averiguar se as alterações foram feitas.
“Precisamos realizar o controle o mais adequado possível, a fim de repelir esta praga de maneira menos nociva à espécie. As condições de higiene e limpeza são essenciais para o controle: se o alimento fica exposto e o lixo armazenado de forma inadequada, o ambiente estará muito propício à proliferação de pombos”, comenta a coordenadora de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras.
O chefe interino da Anvisa em Santos, Francisco Chagas, considera “extremamente importante” a abertura ao diálogo entre órgãos de todas as esferas de governo para tratar dos problemas causados pelos pombos. De acordo com a Codesp, o Porto de Santos possui mais de 35 terminais e já está em curso um plano de controle de granéis. Denúncias e pedidos de orientações em relação aos pombos podem ser feitos à Sevicoz, pelo telefone 3257-8047.