Criada para garantir a participação de empresas que ajudem na conservação e na manutenção de equipamentos públicos, como praças, a campanha Cidade Verde não está sendo cumprida à risca.
Pelo menos no tocante à praça Amigos da Marinha, na Ponta da Praia.
O pequeno espaço na confluência das avenidas Rei Alberto e dos Bancários é palco de solenidades em datas comemorativas à Marinha, como em 11 de junho.
No local, os mosaicos portugueses estão soltos e o mato cresce.
Como contrapartida prevista no programa, um totem publicitário, em pleno funcionamento, está instalado na praça.
Conforme o Decreto 7.799, que regulamenta o programa, a empresa colaboradora ficará responsável pela “execução, às expensas da empresa ou entidade colaboradora, dos serviços de plantio de árvores, reforma, conservação e manutenção dos jardins, parques, praças, arborização urbana, monumentos, estátuas, logradouros públicos e relacionados no instrumento de cooperação”.
Em troca, a empresa pode instalar placas de divulgação, eletrônica ou não, como ocorre atualmente.
Por ironia, a praça mantém o busto do almirante Francisco Manuel Barrozo (sic), com os seguintes dizeres:

Praça na Ponta da Praia adotada: mato cresce e mosaicos soltos, a despeito da exploração publicitária. Foto: Nando Santos
“O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”.
No entanto, não é o que se vê na praça que o homenageia.
Nota
Em nota, a Secretaria de Serviços Públicos (Seserp) informa que a Praça Amigos da Marinha faz parte do programa Cidade Verde.
“Está prevista sua alteração e reinclusão, junto com a Avenida Rei Alberto I, em um pacote único, em novo chamamento público neste ano”.
Não há, porém, previsão de data quando isso ocorrerá.