Após a reforma de 2019, previdência pode colapsar; entenda o impacto para Santos | Boqnews
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Economia

20 DE JULHO DE 2023

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Após a reforma de 2019, previdência pode colapsar; entenda o impacto para Santos

Cerca de 30% da população de Santos, litoral de São Paulo, recebe algum benefício do INSS; solução pode ser o regime de capitalização

Por: Da Redação

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Levantamento de empresa multinacional de produtos financeiros e seguros mostra que, mesmo após a reforma em 2019, o sistema previdenciário brasileiro corre risco de colapso. De acordo com critérios do estudo do grupo, entre as 75 economias estudadas o país ocupa a 65ª posição.

A conclusão apresentada é de que o país não está preparado para lidar com o impacto do envelhecimento da população, o que pode exigir novos ajustes nas regras de concessão de aposentadorias e pensões.

O especialista em Direito Previdenciário e diretor da WB Curso, Washington Barbosa, concorda com o levantamento. Portanto, para ele diz que o regime de repartição simples, que é o adotado no Brasil, está fadado ao fracasso.

“Esse tipo de regime se baseia em uma alta taxa de reposição populacional e no chamado pacto intergeracional, quem trabalha hoje paga quem está aposentado na esperança de que, quando se aposentar, alguém vá pagar o seu”, diz Barbosa.

Santos

Na cidade de Santos, em São Paulo, 21,5% da população tem mais de 60 anos. No levantamento do IBGE de 2022, a população da cidade era de 414.029 pessoas e o total de benefícios pagos pelo INSS, entre aposentadorias, pensão por morte e outros benefícios, foi para 120.572 beneficiários. Ou seja, quase 30% da população da cidade.

Para o especialista, a reforma da previdência em 2019 trouxe uma relativa melhora em algumas equações sobre a concessão de benefícios, mas a lógica do sistema continua errada. Além disso, ela se baseia num crescimento populacional constante o que não ocorre mais.

“Antes, as famílias tinham três, quatro filhos, hoje a média é um pouco mais de um filho por família. É necessário que a lógica da do regime financeiro de repartição simples seja revisto. Veja o caso da cidade de Santos, quase um terço da população depende da previdência. Em contrapartida, quase a mesma porcentagem é de idosos. O mais adequado é estudar uma forma de implementar o regime de capitalização no Brasil”, entende Barbosa.

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